2009-07-13 11:55:49

IRAQUE: "QUEREM QUE OS CRISTÃOS DESAPAREÇAM DO PAÍS"


Bagdá, 13 jul (RV) - O procurador da Igreja Caldéia junto à Santa Sé, Mons. Philip Najim, comentou a série de atentados registrada este domingo, na capital iraquiana, Bagdá, com estas palavras: "Querem que os cristãos desapareçam do Iraque." Em seis ataques contra igrejas, quatro pessoas morreram e 32 ficaram feridas.

Para Mons. Najim, "atingir os locais de culto depois das celebrações de domingo à tarde é a prova de que os responsáveis pelo ato não respeitam o ser humano enquanto criatura de Deus, o Deus de todas as religiões".

Sobre a dinâmica dos atentados, o procurador afirma que é claro que não se trata de episódios relacionados à resistência contra um invasor, mas de um processo violento, voltado a frear o desenvolvimento do país e sua pacificação. "Quer-se um Iraque fraco e subdesenvolvido; um país que, com o desaparecimento de seu componente cristão, perderia uma parte importante da sociedade, para a qual os cristãos sempre contribuíram com seu saber e sua função estabilizadora."

O procurador caldeu se diz convicto de que os autores do gesto "não são iraquianos, mas forças obscuras externas ao país". "Atacando os locais de culto, atacaram principalmente a religião em si, e não somente a cristã" – concluiu Mons. Najim, acrescentando que depois dos ataques de ontem é lícito esperar uma nova fuga de cristãos.

Por sua vez, o patriarca de Babilônia dos Caldeus, Cardeal Emmanuel III Delly, afirmou: "Lamentamos o que está ocorrendo no Iraque, porque estão usando como alvo lugares que serviam como refúgio em tempos passados."

Em declaração divulgada ontem à noite, pela televisão iraquiana, o patriarca lançou um apelo a manter o "espírito de tolerância", e condenou todos os atentados, seja contra templos cristãos, seja contra mesquitas. (BF)







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