2009-07-10 11:57:57

Santa Sé teme efeitos da Gripe A nos paises mais pobres e alerta que a pandemia pode levar ao colapso de sistemas públicos de saúde mais frágeis


(10/7/2009) O representante da Santa Sé junto do Conselho Económico e Social (ECOSOC) das Nações Unidas, em Genebra, manifestou esta Quinta-feira sérias preocupações em relação aos efeitos da pandemia de Gripe A nos países mais pobres, agravada pela actual situação de crise económica.
O Arcebispo Silvano M. Tomasi defendeu que os efeitos da crise têm sido mais graves nos "grupos mais vulneráveis" e que têm sido exacerbados pela Gripe A H1N1.
Para a Santa Sé, é evidente "a ligação entre pobreza e saúde", o que aumenta os receios, em especial face à perspectiva de um aumento do número de pessoas na pobreza extrema, estimado entre 53 a 65 milhões de homens e mulheres.
D. Tomasi referiu ainda que cerca de 800 milhões de pessoas desnutridas vivem em áreas rurais onde "o serviço público de saúde é mais fraco".
"Podemos concluir que um número significativo das pessoas com fome e extremamente pobres estarão em maior risco de contrair doenças contagiosas e crónicas", apontou.
Esta situação pode ser agravada, por eventuais cortes na ajuda internacional ou pelo aumento dos doentes em sistemas públicos de saúde "que já são frágeis".
Os países em vias de desenvolvimento, disse o representante da Santa Sé, "não serão capazes de responder às necessidades dos seus cidadãos mais vulneráveis".
A Igreja Católica patrocina, em todo o mundo, 5378 hospitais e mais de 18 mil clínicas, para além de 15 mil lares para idosos e pessoas com deficiência, particularmente em África.








All the contents on this site are copyrighted ©.