BISPOS BRASILEIROS EXPRESSAM SOLIDARIEDADE AO POVO HONDURENHO
Brasília, 09 jul (RV) - Dois bispos brasileiros expressaram solidariedade ao
povo hondurenho: o bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT), Dom Pedro Casaldáliga,
escreve: "Com espírito fraterno e na paixão por nossa América livre e unida, queremos
expressar nossa total solidariedade ao povo de Honduras, nesta hora de tensões e violência.
Que se respeite a democracia, que é respeitar a vontade do povo. O Deus da paz proteja
este povo querido e sofrido."
Por sua vez, o bispo de Jales (SP), Dom Luiz
Demétrio Valentini, Presidente da Caritas Brasileira, afirma que os "irmãos e irmãs
de Honduras estão vivendo momentos muito importantes para o futuro democrático do
seu país, e destaca o desejo da população, de um retorno imediato da legalidade, do
cessar de toda violência, e da volta da paz a todo o país".
"Quero manifestar
minha solidariedade a todos os que querem uma Honduras democrática, livre das conseqüências
de golpes contra a ordem constitucional, desejando que, ao mesmo tempo, sejam firmes
e unidos, e evitem a todo custo que a situação descambe para a violência, que pode
levar a sacrificar inutilmente vidas humanas" – escreve Dom Demétrio.
O presidente
deposto de Honduras, Manuel Zelaya, chegou ontem à Costa Rica, para um diálogo, nesta
quinta-feira, com o presidente interino de seu país, Roberto Micheletti. O encontro
será mediado pelo presidente costa-riquenho, Oscar Arias Sánchez, com o objetivo de
pôr fim à crise política na nação.
A Conferência Episcopal da Costa Rica divulgou
um comunicado parabenizando Oscar Arias Sánchez, pois novamente o país servirá como
ponte de diálogo para restabelecer a paz na região.
Zelaya disse que pretende
pedir que o governo de fato, de Honduras, seja dissolvido em 24 horas. Mas Micheletti
não confirmou se fará parte da comissão que viajará hoje para a Costa Rica, para participar
da negociação.
O governo do presidente interino não é reconhecido por nenhum
país. Isolado internacionalmente e com o país suspenso da OEA (Organização dos Estados
Americanos), Micheletti enviou a Washington uma comissão, para tentar conseguir apoio
de políticos norte-americanos, embora o Governo dos Estados Unidos tenha condenado
o que classificou de golpe de Estado. (BF)