2009-07-08 13:07:13

CARITAS, ACNUR E ANISTIA COMENTAM ENCÍCLICA DE BENTO XVI


Roma, 08 jul (RV) - A publicação, nesta terça-feira, da terceira encíclica de Bento XVI, a Caritas in Veritate, repercutiu não somente na Igreja, mas também no mundo político e nas entidades sociais.

A Caritas Internacional e as sedes italianas do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e da Anistia Internacional comentaram positivamente a primeira encíclica social de Bento XVI.

Em especial, o ACNUR manifestou apreço pelas palavras do papa sobre o direito dos imigrantes.

"O apelo aos direitos inalienáveis dos imigrantes é de extrema importância num período em que as políticas de combate à imigração ilegal não levam em consideração os direitos humanos do indivíduo e, principalmente, dos refugiados, pessoas que fogem da guerra e da perseguição" − afirmou a entidade, por meio de um comunicado.

"Como relembrou Bento XVI, é necessário governar o fenômeno migratório através de políticas que respeitam, em qualquer situação, os direitos da pessoa" – acrescentou o ACNUR, referindo-se à encíclica.

Do mesmo parecer é a Anistia Internacional, que afirma: "Num momento em que os migrantes são vistos, muitas vezes, como um problema, é de grande importância o convite do papa a levar em consideração os direitos que, hoje, estão em risco, devido à crise econômica e profissional, e de políticas para a segurança que confundem palavras como migrantes e clandestinos".

Por sua vez, a secretária-geral da Caritas Internacional, Lesley-Anne Knight, elogiou a encíclica, afirmando que foi publicada num momento-chave para o desenvolvimento, em que décadas de progresso podem ser canceladas.

"A encíclica oferece passos concretos que os políticos deveriam explorar, para nos colocar novamente na estrada do verdadeiro desenvolvimento. A Caritas aprecia o pedido de Bento XVI em favor do incremento das ajudas. No momento em que o G-8 se encontra em L'Aquila, países ricos como França e Itália estão cortando ajudas aos mais pobres. Lançamos um apelo a eles, para que cumpram a promessa de destinar 0,7% do Produto Interno Bruto aos países em desenvolvimento." (BF)







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