2009-07-04 13:39:24

PRÊMIO PÓSTUMO AO 'BISPO DOS ÍNDIOS' DO EQUADOR


Quito, 04 jul (RV) - A Organização Católica Latino-americana e Caribenha de Comunicação, CLACC, entregará o prêmio Comunicador da Paz 2009, na categoria ‘Homenagem Póstuma’ a Dom Leonidas Eduardo Proaño Villalba, recordado como ‘o bispo dos índios’.

O Prêmio Comunicador da Paz, instituído pela OCLACC, é um reconhecimento à trajetória de vida daqueles que favorecem a promoção da paz, justiça, solidariedade, democracia e participação cidadã de agentes da mídia latino-americanos.

A candidatura de Dom Leonidas Proaño foi apresentada pela Associação Católica de Comunicação SIGNIS no Equador, e foi respaldada pela Diocese de Riobamba, pela Fundação Pueblo Indio, e pelo Movimento Leonidas Proaño, e recebeu centenas de adesões de pessoas e organizações do Equador e de todo o mundo.

Quem foi Leonidas Eduardo Proaño Villalba?

Nascido em 1910 em San Antonio de Ibarra, em 1923 ingressou no seminário, e em 1936, foi ordenado sacerdote. Em 1954, foi nomeado bispo de Riobamba, diocese na qual permaneceu 31 anos.

Em 1958, criou o lar indígena “Nossa Senhora de Guadalupe”. Em 1960 tornou-se delegado no Conselho Episcopal Latino-americano, CELAM, através do qual, fundou o Instituto Itinerante de Pastoral da América Latina. Em 1962, constituiu as Escolas Radiofônicas Populares do Equador, que realizavam programas de alfabetização, educação e evangelização dos povos indígenas. Dom Leônidas participou como orador em diversas conferências, em seu país e fora, sobre a pastoral e a questão social, econômica e cultural da América Latina.

"Com seus gestos e palavras, encarnou-se na realidade das comunidades indígenas de sua diocese, fazendo uma releitura do Evangelho libertador de Jesus. Caracterizou-se por partilhar no dia-a-dia a sua vida com o povo, a quem estava chamado a servir, orientado e inspirado por uma profunda fé em Jesus. Concretamente, organizou a formação de líderes indígenas em uma perspectiva cristã libertadora".

Entre os diversos reconhecimentos recebidos, estão doutorados Honoris Causa em seu país e no exterior, em 1986, o Prêmio Rothko pela Paz (Houston-EUA), e em 1988, o Prêmio Bruno Kreiski (Áustria) pela Defesa dos Direitos Humanos. Dom Leônidas morreu em 31 de agosto de 1988, em Quito.

O Prêmio Comunicador da Paz será conferido em 14 de julho, em cerimônia na sede da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

Ainda na categoria de reconhecimentos póstumos, será concedido também um prêmio ao servo de Deus Dom Oscar Arnulfo Romero Galdámez, Arcebispo de San Salvador, assassinado em 24 de março 1980 por um atirador de elite do exército salvadorenho, enquanto celebrava a missa. (CM)







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