Iaundê, 1° jul (RV) - "Sim à proteção das mulheres africanas. Somos contrários
a toda forma de violência e discriminação contra as mulheres de nosso continente.
Não à legalização do aborto."
É o que afirmam os bispos da República de Camarões
numa declaração em relação ao parlamento camaronês que aprovou a lei que autoriza
o presidente, Paul Biya, a ratificar o Protocolo de Maputo, documento sobre os Direitos
da Mulher na África.
Os prelados reiteram que a Igreja Católica é a favor da
proteção das mulheres e contrária a toda forma de injustiça social e violências, mas
reconhecem que o artigo 14 do Protocolo de Maputo incide sobre a vida do nascituro.
Segundo os bispos, é uma porta aberta para a legalização do aborto na África.
Em
sua recente visita à República de Camarões o papa fez um apelo aos médicos para que
protejam a vida humana, desde a sua concepção até a morte natural.
"Defender
a vida humana faz parte da cultura africana. Os fiéis de nosso país assim como todo
autêntico africano consideram a vida sagrada e condenam tudo aquilo que possa ameaçá-la",
concluem os bispos da República de Camarões. (MJ)