CARTA DOS BISPOS HONDURENHOS SOBRE ATUAL SITUAÇÃO DO PAÍS
Tegucigalpa, 30 jun (RV) - A Conferência Episcopal de Honduras escreveu uma
carta no final da segunda assembléia plenária, recentemente concluída.
Na missiva,
os bispos reiteram sua fidelidade à missão de anunciar o Evangelho, formar consciências,
defender os valores da verdade e da justiça em vista do bem comum.
A situação
política em Honduras se precipitou neste último domingo com a destituição do presidente
do país, Manuel Zelaya, detido por militares e enviado à Costa Rica. Ele enfrenta
uma forte crise no país, por causa de uma consulta popular sobre a Constituição de
Honduras. Para a oposição, o presidente pretendia modificar o texto constitucional
para poder ser reeleito.
A região está vivendo um momento difícil e os bispos
hondurenhos reiteram na missiva que "cabe à Igreja colaborar na consolidação das frágeis
democracias e no positivo processo de democratização na América Latina e no Caribe".
Os
bispos insistem na necessidade de planejar estratégias a fim de solucionar os graves
problemas sociais, como o aumento da violência, a diminuição de recursos financeiros
do Estado, o desemprego, a corrupção, o aumento do crime organizado e do narcotráfico,
a diminuição da força que os valores morais e religiosos dão à sociedade, a vulnerabilidade
diante dos fenômenos naturais, entre outras questões.
Segundo os prelados,
desse conjunto de problemas que ameaçam a democracia hondurenha, todos de certa forma
são responsáveis. Eles pedem ao Estado e as instituições, sobretudo as Forças Armadas,
transparência, organização e responsabilidade na elaboração das próximas eleições
para sejam exemplo de convivência pacífica, respeito pela Constituição e defesa do
povo hondurenho.
Os bispos concluem a missiva pedindo ao Espírito Santo para
que ilumine os corações de todos os hondurenhos e que a Virgem de Suyapa guie a população
rumo ao caminho da justiça e da paz. (MJ)