2009-06-30 14:12:56

CARDEAL MONTEZEMOLO FALA SOBRE O SARCÓFAGO DE PAULO


Roma, 30 jun (RV) - Grande emoção entre os fiéis de todo o mundo depois que o Santo Padre no último domingo revelou o resultado de uma pesquisa científica realizada dentro do sarcófago que tradicionalmente é atribuído como sendo túmulo de São Paulo e que se encontra na Basílica de São Paulo fora dos Muros. O exame dos fragmentos ósseos retirados foi uma confirmação: trata-se do túmulo de São Paulo, e os restos mortais são os do Apóstolo dos Gentios. Sobre a importante descoberta a Rádio Vaticano ouviu o arcipreste da Basílica o Cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo.

R. – Cerca de um ano e meio atrás, o Santo Padre autorizou realizar um pequeníssimo furo no sarcófago para poder fazer entrar uma sonda e ver e analisar o que tinha dentro. Tudo isso foi feito em segredo a fim de que a pesquisa não tivesse, até quando não fosse confirmado, nenhuma publicidade particular.

P. Qual o resultado da análise e como se realizou?

R. – Esta análise microscópica confirmou que no interior do sarcófago encontram-se tecidos importantes de linho e púrpura, costurados com fios de ouro e que existem também restos humanos. Graças ao teste do carbono 14, feito por um instituto que ignorava a procedência do material, confirmou-se que se trata de uma pessoa que viveu entre o I e o II século. Foram também encontrados grãos de incenso. Tudo isso confirma a importância desse túmulo: um túmulo que, contendo tecidos do gênero e que remonta àquela época e com uma constância ininterrupta de tradições, confirma que é o túmulo de Paulo.

P. Cardeal, essa descoberta que importância tem no âmbito da fé e da história da Basílica?

R. – É importante porque confirma a tradição segundo a qual há cerca de 20 séculos o túmulo de Paulo se encontra ali. Com tudo o que ocorreu ao longo dos séculos: foi construída uma primeira Basílica de Constantino, depois uma segunda, em seguida uma terceira após o incêndio de 1823, todas as basílicas foram construídas ao redor desse local, ou seja, do túmulo de Paulo, que se encontrava em um grande cemitério pagão de 5 mil túmulos. Aos poucos esse cemitério foi coberto para realizar a atual Basílica e a atual abadia.

O cardeal Montezemolo disse ainda, respondendo
às perguntas que talvez se faça uma análise mais profunda no sacrófago, “mas isso comporta um grande trabalho, e que seria necessário então demolir o altar papal, e talvez também o baldaquino de Arnolfo di Cambio”. (SP)







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