IGREJAS PEDEM RESPOSTA EFICAZ ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Bruxelas, 26 jun (RV) - Está em andamento na capital belga o seminário de diálogo
promovido pela Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia, COMECE, da Comissão
Igreja e Sociedade da Conferência das Igrejas Européias (KEK) e do Bureau dos conselheiros
políticos da Comissão européia. O debate tem como fulcro as mudanças climáticas.
“Uma
resposta eficaz às mudanças climáticas requer liderança política, reflexão e debate
ético. São fatores essenciais para convencer as mentes e os corações dos cidadãos
e realizar a mudança, na prática” – declarou Padre Piotr Mazurkiewicz, secretário
geral da COMECE, em seu pronunciamento no seminário, que se intitula “Mudanças climáticas
como desafio para estilos de vida, solidariedade e justiça global”.
O encontro
serviu para que os representantes das Igrejas enviassem uma mensagem de esperança
aos cidadãos da União Européia, encorajando-os a atuar as mudanças necessárias de
estilo de vida. Representantes da Comissão e do Parlamento europeu reconheceram que
o apoio das Igrejas na luta contra as mudanças climáticas é essencial para convencer
as pessoas a adotar cotidianamente um comportamento mais respeitoso do meio-ambiente.
“A poluição do ar e dos mares, a contaminação dos alimentos e o desperdício
de recursos energéticos – observou o metropolita Athanasios de Acaia – têm a ver com
os direitos humanos das próximas gerações”.
“São muito graves o silêncio e
a timidez das Nações Unidas, da União Européia e da Liga Árabe sobre a repressão que
está se verificando no Irã; e se a Casa Branca protestasse veementemente, o regime
diria que as contestações são manipuladas pelo exterior”. É o parecer da agência dos
bispos da Itália, a SIR, sobre a situação iraniana e a repressão que pune aqueles
que saem às ruas contra o regime de Teerã.
A nota afirma que muitos pedem,
principalmente aos países mais poderosos, que intervenham em apoio aos opositores
e contra a repressão. “Infelizmente, devemos recordar que o nacionalismo do regime
iraniano é o único refúgio da crise econômica e da corrupção, não apenas eleitoral.
Como todos os regimes semelhantes, tende a pintar a oposição como projeção interna
de um país estrangeiro. De fato, Khamenei já atribuiu as desordens a Grã-Bretanha
e Estados Unidos”.
A agência dos bispos italianos assinala as dificuldades
diplomáticas que estão detendo a ação do governo Obama em relação à questão iraniana:
“Infelizmente, os EUA não são o melhor advogado para os dissidentes iranianos; ainda
há pendências a serem solucionadas entre os dois países. (CM)