Homenagem do Papa á Cruz Vermelha Internacional . Bento XVI lembra vítimas da guerra,
em especial as crianças, e pede libertação de todos os sequestrados
(24/6/2009) Bento XVI prestou uma homenagem à Cruz Vermelha, nos 150 anos da sua criação,
classificando a instituição como um "baluarte de humanidade e de solidariedade". Perante
milhares de peregrinos reunidos no Vaticano, para a audiência geral desta semana,
o Papa lembrou a acção da Cruz Vermelha "em tantos contextos de guerra e de conflito,
bem como em muitas emergências". "No dia 24 de Junho, há 150 anos, nascia a ideia
de uma grande mobilização para a assistência das vítimas das guerras, que viria a
tomar o nome de Cruz Vermelha. No decorrer dos anos, os valores de universalidade,
neutralidade e independência de serviço suscitaram a adesão de milhões de voluntários
em todas as partes do mundo", afirmou. Neste contexto, o Papa pediu "a libertação
de todas as pessoas sequestradas em zonas de conflito", lembrando em especial Eugenio
Vagni, membro da Cruz Vermelha raptado nas Filipinas. Bento XVI já pedira a sua libertação
em Março deste ano, em comunicado divulgado pela Santa Sé. Vagni, de 62 anos, foi
sequestrado no dia 15 de Janeiro em Jolo, com seus companheiros, a filipina Mary Jean
Lacaba e o suíço Andreas Notter, que foram libertados em 2 e 18 de Abril, respectivamente.
Bento XVI deixou ainda votos para que "a pessoa humana, na sua dignidade e na
sua plenitude, esteja sempre no centro do compromisso humanitário da Cruz Vermelha",
pedindo em especial aos jovens que se comprometam concretamente "nesta benemérita
instituição". Na Praça de São Pedro estava ainda uma delegação presidida pelo subsecretário
da ONU e representante especial para as crianças em situação de conflito armado. O
Papa saudou os presentes, destacando o seu "compromisso em defesa das crianças vítimas
da violência e das armas". "Penso em todas as crianças do mundo, em particular
os que estão expostos ao medo, ao abandono, à fome, aos abusos, à doença e à morte.
O Papa está ao lado de todas estas pequenas vítimas e recorda-as sempre na sua oração",
concluiu.