DOM MARCHETTO: "IGREJA NÃO PODE FICAR EM SILÊNCIO DIANTE DAS NOVAS FORMAS DE ESCRAVIDÃO"
Cidade do Vaticano, 19 jun (RV) - A relação entre migrações e novas formas
de escravidão esteve no centro do discurso proferido hoje, em Roma, pelo secretário
do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Agostino
Marchetto, por ocasião do encontro do Conselho forense nacional italiano.
Segundo
o arcebispo, as migrações são para o homem "uma forma corajosa de manifestar o desejo
de superar as adversidades e conseguir uma vida melhor".
Atualmente os migrantes
no mundo são mais de duzentos milhões e nem sempre as migrações se revelam uma experiência
frutuosa. Muitos migrantes são vítimas de discriminações, xenofobia e racismo e outros
são vítimas de abusos sexuais.
"A Igreja não pode ficar indiferente ou silenciosa
diante dessas novas formas de escravidão. Em vários países ela está engajada na luta
contra a prostituição e na assistência às vítimas", sublinhou Dom Marchetto.
A
Igreja combate contra as modernas formas de escravidão por meio de suas convicções,
com seus ensinamentos e ações inspiradas no Evangelho e conforme a sua missão. Segundo
Dom Marchetto, a principal causa das novas formas de escravidão é a desigualdade econômica
existente entre países ricos e pobres e entre ricos e pobres. (MJ)