Roma, 18 jun (RV) - O compromisso contra o tráfico de pessoas é uma nova forma
de apostolado missionário que envolve sempre mais as congregações religiosas femininas.
Foi
o que emergiu dos trabalhos do II Congresso "Religiosas em rede contra o tráfico de
pessoas", que se conclui hoje em Roma. O evento foi organizado pela União Internacional
das Superioras Gerais (UISG) e pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Para
um balanço deste Simpósio, ouça a Ir. Eurides Alves de Oliveira, da Congregação das
Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Ela participou do evento como representante da
rede intercongregacional "Um grito pela vida":
As religiosas
têm a intenção de preparar iniciativas contra o tráfico de pessoas, em vista da Copa
do Mundo de 2010, que se realizará na África do Sul, e da Copa de Esqui, em Vancouver,
no Canadá. Estão sendo preparados panfletos, adesivos, encontros e cartazes, além
de iniciativas específicas a fim de denunciar o tráfico de pessoas e sensibilizar
a população e as autoridades.
"Informações, terapia psicológica, assessoria
jurídica e coordenação com outros grupos religiosos são os trabalhos realizados pelas
Missionárias da Caridade, nas Filipinas, a fim de ajudar as mulheres vítimas do tráfico
de pessoas" − disse a religiosa filipina Ir. Verônica Endah.
Com coragem e
determinação, as religiosas saem à noite pelas ruas, e entram em contato com as mulheres,
levando-as para um centro que se ocupa da proteção imediata. A seguir, elas são inseridas
nas famílias que as acolhem ou em centros que fornecem assistência psicológica. A
fase sucessiva prevê a colaboração com as embaixadas de seus respectivos países de
origem.
Em 2011, entrará em funcionamento na Polônia, o grupo "Religiosas européias
em rede contra o tráfico e a exploração" (RENATE). O grupo pretende reunir religiosas
de várias congregações que lutam, em âmbito europeu, contra o tráfico de pessoas e
a exploração de mulheres e crianças.
Quinze religiosas de oito países europeus
decidiram criar esse grupo. Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações
(OIM) cerca de 500 mil mulheres são vítimas do tráfico de pessoas na Europa.
No
encontro − que se realizará na Polônia − as religiosas européias pretendem debater
sobre o tráfico de mulheres provenientes do leste e do oeste da Europa, mas também
da África e da China. (MJ/BF)