A Finlândia volta a ter, depois de 500 anos, um bispo nativo do país. Como noticiamos
ontem, Bento XVI nomeou bispo de Helsínquia o Padre Teemu Sippo da Congregação dos
Dehonianos. Uma nomeação histórica, dado que o último bispo nativo da Finlândia tinha
sido Arvid Kurki que viveu entre 1464 e 1522. Depois da Reforma o clero finlandês
caracterizou-se por uma forte internacionalidade, essencialmente lituanos, no início,
depois holandeses, e, actualmente, polacos. Os quatro bispos estrangeiros do período
posterior à Reforma tiveram de lutar, digamos assim, para ganhar a confiança dos crentes.
Uma das maiores dificuldades era representada pela língua, mas a falta de candidatos
nativos ao sacerdócio era quase inexistente nesse país, baluarte do Luteranismo. A
Igreja na Finlândia registou um forte crescimento a partir de 1970, graças aos imigrantes
e aos novos convertidos. Nos anos 70 os crentes eram menos de três mil. Em 2005 eram
já cerca de dez mil. Um dos desafios que o novo bispo terá de enfrentar é a coesão
e a concórdia no seio da Diocese.