2009-06-13 12:47:47

Publicada em breve a Encíclica social: confirmou-o o próprio Bento XVI. Apontará objectivos a visar e valores a promover para uma convivência humana livre e solidária


Para breve a publicação da Encíclica social. Assegurou-o Bento XVI recebendo neste sábado os membros da Fundação “Centesimus Annus – Pro Pontifice":
“Será proximamente publicada a minha Encíclica dedicada precisamente ao vasto tema da economia e do trabalho. Nela serão postos em evidência os objectivos que para nós cristãos há que seguir, assim como os valores a promover e a defender incansavelmente, para realizar uma convivência humana verdadeiramente livre e solidária”.
“Centesimus annus” é o nome da Encíclica social publicada por João Paulo II em 1991, no centenário da “Rerum novarum”, do Papa Leão XIII, primeiro grande acto do magistério pontifício sobre os problemas sociais e do mundo do trabalho e da economia. A Fundação “Centesimus Annus”, do Vaticano, tem como finalidades promover entre pessoas qualificadas o conhecimento da doutrina social cristã e favorecer iniciativas visando desenvolver a presença e acção da Igreja Católica nos vários âmbitos da sociedade.
Precisamente ontem, sexta-feira, esta Fundação promoveu em Roma um Convénio internacional para reflectir sobre “os valores e as regras a que o mundo da economia se deveria ater para suscitar um novo modelo de desenvolvimento mais atento às exigências da solidariedade e mais respeitoso da dignidade humana”.
Bento XVI congratulou-se com o facto de se terem nomeadamente examinado “as interdependências entre instituições, sociedade e mercado”, partindo de uma reflexão já expressa por João Paulo II, há 18 anos, na referida Encíclica social: “a economia de mercado - entendida como sistema económico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade pelos meios de produção, da livre criatividade humana no sector da economia – só poderá ser reconhecida como via de progresso económico e civil se for orientada para o bem comum”.
Esta reflexão – insistiu o Papa – deverá ser acompanhada de uma outra: “a liberdade no sector da economia deve enquadrar-se num sólido contexto jurídico que a coloque ao serviço da liberdade humana integral, uma liberdade responsável cujo centro é ético e religioso”.
Bento XVI citou a este propósito mais uma passagem da “Centesimus Annus”: “Assim como a pessoa humana se realiza plenamente no livre dom de si, assim também a propriedade justifica-se moralmente criando, nos devidos modos e tempos, ocasiões de trabalho e de crescimento humano para todos”.
 







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