Cidade do Vaticano, 12 jun (RV) - Celebra-se hoje o Dia Mundial Contra o Trabalho
Infantil.
Ao mesmo tempo em que se celebram os progressos alcançados nos últimos
dez anos, a data de hoje evidencia os desafios que ainda restam, enfatizando o papel
fundamental da educação na solução do problema, bem como, a exploração de meninas
no trabalho infantil.
No Brasil, ainda existem milhões de crianças e adolescentes
que trabalham e não têm acesso aos direitos básicos como educação, saúde, lazer e
liberdade individual. Muitas ainda, estão expostas às piores formas de trabalho infantil,
sendo envolvidas em atividades que prejudicam, de forma irreversível, seu desenvolvimento
físico, psicológico e emocional.
O tema da campanha deste ano no Brasil é "Com
educação, nossas crianças aprendem a escrever um novo presente, sem trabalho infantil".
Em todo o país, milhares de pessoas e instituições se unem no intuito de fortalecer
a mensagem central de combate ao trabalho infantil, pela promoção da educação.
Segundo
um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicado nesta quarta-feira,
100 milhões de meninas são vítimas do trabalho infantil em todo o mundo. A OIT também
advertiu que muitas das vítimas do trabalho infantil sofrem abusos sexuais.
De
acordo com a OIT, apesar de o número de crianças no trabalho ter diminuído, a crise
econômica mundial pode reverter essa conquista. O relatório chama a atenção para a
realidade de muitas famílias que preferem mandar os meninos para a escola, deixando
as meninas em casa.
Um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio é que todas
as crianças possam concluir um curso completo de educação básica até 2015, porém em
todo o mundo, 75 milhões de crianças em idade escolar de base não freqüentam a escola.
Para
uma criança, a educação é o primeiro degrau para o acesso a um trabalho decente e
um nível de vida melhor. Diversas pesquisas demonstraram que educar as meninas é uma
das medidas mais eficazes para lutar contra a pobreza.
Segundo a OIT, as meninas
que recebem instrução, conseguem empregos bem remunerados, casam-se mais tarde e têm
menos filhos. E as mães que têm acesso à educação, fazem questão de enviar seus filhos
à escola, aumentando as chances de um futuro melhor. (MJ/BF)