2009-06-06 11:53:04

CONFLITO NA AMAZÔNIA PERUANA: 14 MORTOS. OUÇA !


Lima, 06 jun (RV) - O Governo peruano confirmou que onze policiais e três índios morreram nesta sexta-feira, durante confrontos, numa estrada da Amazônia peruana. O conflito se desencadeou quando agentes usaram a força para retirar alguns índios que bloqueavam a estrada, em sinal de protesto contra uma série de decretos legislativos.

Dos onze policiais assassinados, cinco foram vítimas de emboscadas e assassinados com lanças, quatro caíram durante o desbloqueio da estrada, e dois foram mortos em outros enfrentamentos,

Pelo menos 2.500 indígenas ocupavam a estrada desde a semana passada, e cerca de 450 policiais foram enviados para resolver a questão. O bloqueio fazia parte de uma série de protestos indígenas contra medidas do Governo consideradas lesivas aos nativos e ao meio ambiente.

O presidente da Conferência Episcopal Peruana, Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, arcebispo de Trujillo, lamentou o ocorrido.

Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte:- "Como presidente da Conferência Episcopal Peruana e a pedido da Defensoria do Povo, lamentamos profundamente as mortes violentas que vêm ocorrendo no estado do Amazonas, nas cidades de Bagua Chica e Bagua Grande, que ocasionaram a morte de civis e policiais, e deixaram vários feridos. A vida é um valor supremo, e em qualquer circunstância deve ser protegida e privilegiada, tanto a vida daqueles que fazem parte de nossas comunidades nativas − historicamente esquecidas − como as daqueles que, no cumprimento de seus deveres constitucionais, buscam o restabelecimento da ordem. Fazemos um premente apelo à serenidade e pedimos que cessem, imediatamente, os enfrentamentos entre compatriotas. É urgente que se atenda sem distinção às pessoas feridas, que correm risco de vida, e que se restabeleça o canal de diálogo, que não deveria ter sido interrompido, e que deve ser utilizado como única via para resolver pacificamente os conflitos. Conscientes do nosso dever de proteger a vida e os direitos fundamentais das pessoas, exortamos as autoridades e os líderes a optarem pelo diálogo e pela paz, e nos colocamos à disposição do país, para colaborar no que for possível, a fim de restituir a tranqüilidade às populações atingidas e a toda a nação. Este é um apelo urgente pelo fim da violência. Estamos nos destruindo entre peruanos, e isso não pode acontecer. Devemos sempre optar pela via do diálogo, pela vida e pela paz." (CM)







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