PAPA: COMPROMISSOS DE TRABALHO E FÉRIAS NÃO ANULEM O ESPAÇO DE DEUS
Cidade do Vaticano, 03 jun (RV) – Hoje, quarta-feira, é dia de Audiência Geral
– momento de encontro entre Bento XVI e os fiéis, peregrinos e turistas de todo o
mundo, na Praça São Pedro. O papa ilustrou a vida de um grande filósofo, teólogo e
exegeta da Idade Média: Rábano Mauro.
Nascido em Mainz, Alemanha, por volta
do ano 780, é conhecido como "praeceptor germaniae", mestre alemão, pelo grande
impulso intelectual e espiritual oferecido a seus tempos, e por ter contribuído na
conversão dos povos limítrofes ao Cristianismo.
Pastor e homem de Deus, tornou-se
monge muito jovem, abade do Mosteiro de Fulda e posteriormente arcebispo de Mainz.
Sua extraordinária cultura fez dele conselheiro de príncipes e garante (avalista)
da unidade do império, o que não o impediu de continuar a estudar, demonstrando que
a entrega aos outros e a dedicação à reflexão são compatíveis.
Provavelmente,
é ele o autor do famoso hino Veni Creator Spiritus. Em seus escritos, emergem
o amor à cruz, à poesia, à liturgia e à palavra de Deus, comentado ao longo de sua
vida com uma evidente intenção pastoral.
Muitas vezes, Rábano incluía ilustrações
em seus textos, pois, a seu ver, a experiência da fé compreende também os sentidos,
e passa pela sensibilidade artística. Ele estava convencido de que, para decifrar
o sentido figurado, é muito útil conhecer a natureza das coisas e a etimologia das
palavras. O filósofo se preocupava igualmente com a disciplina eclesiástica e a retidão
da vida clerical.
Concluindo, o pontífice disse que, através de seu ensinamento
e do exemplo de sua vida, Rábano Mauro nos inspira hoje, a um ministério coadjuvado
pelo estudo, pela profunda contemplação e a constante oração.
Bento XVI fez
resumos de sua catequese em várias línguas, para a satisfação dos milhares de féis
presentes. Em polonês, o papa saudou os 30 anos da primeira peregrinação de João Paulo
II à sua pátria, e manifestou sua gratidão por tudo o que aquela visita gerou de positivo,
seja na Polônia seja na Europa.
Antes de conceder sua bênção, o papa cumprimentou
os peregrinos de língua portuguesa, citando hoje especialmente os brasileiros: "Com
amizade saúdo os diversos grupos do Brasil e demais peregrinos de língua portuguesa,
com votos de que alcanceis aquilo que aqui vos trouxe de tão longe: parar junto das
memórias dos Apóstolos e dos Mártires, meditando sobre o fim glorioso do seu combate
por Cristo e receber a investidura do mesmo Espírito para idênticas batalhas em prol
do triunfo do Evangelho no seio da família e da sociedade. Sobre cada um de vós e
seus familiares, desça a minha bênção." (CM)