2009-05-29 13:06:43

África é o único continente livre de armas nucleares mas , ao mesmo tempo, é aquele onde as armas ligeiras geram maiores inquietações.


(29/5/2009) O presidente da Comissão da União Africana (UA) defendeu em Luanda que os processos democráticos em África não podem ser do "género Nescafé", em que basta "juntar água e mexer".
Jean Ping, que falava na sessão de abertura do colóquio sobre "Paz, Reconciliação e Reconstrução do Continente Africano", para assinalar o dia de África, referia-se especificamente ao modelo que os Estados Unidos defendem.
O presidente da Comissão Executiva da UA recordou que na década de 1980 existiam mais de uma dezena de conflitos violentos no continente mas que hoje estão resumidos a duas "grandes preocupações", o caso do Darfur, no Sudão, e a Somália.
A este propósito, e tendo como referência o potencial de geração de conflitos, Jean Ping recordou que África é o único continente livre de armas nucleares mas é, ao mesmo tempo, aquele onde "as armas ligeiras geram maiores inquietações".
Por seu lado, o ministro da Relações Exteriores de Angola, Assunção dos Anjos, anfitrião do encontro, afirmou que se tem verificado "uma redução em número e intensidade" dos conflitos em África, facto que impele a organização continental, a "reforçar e aprofundar" essa tendência, através do diálogo.
A paz, segurança e estabilidade são apontadas como as principais condições para a "consolidação das premissas indispensáveis ao desenvolvimento económico, social, técnico-científico e cultural" para a integração económica e política do continente africano, que ocupa na hierarquia mundial uma posição "quase marginal".
De acordo com Assunção dos Anjos, o governo angolano reconhece que é necessário ser reforçada a capacidade da Comissão Africana, em meios materiais, humanos e financeiros, sem transformá-la numa autoridade supranacional.








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