2009-05-28 13:42:12

PAPA ENCONTRA BISPOS ITALIANOS


Cidade do Vaticano, 28 mai (RV) - Bento XVI encontrou-se, no final da manhã desta quinta-feira, com os bispos italianos reunidos na Sala do Sínodo, no Vaticano, para a sua assembléia geral.

No discurso que dirigiu aos prelados, o Santo Padre sublinhou, antes de tudo, que sua presença na assembléia tinha como objetivo confirmar a comunhão eclesial que ele viu constantemente aumentar e concretizar-se entre os bispos italianos.

O papa salientou que os bispos italianos, nos dias passados, puderam ouvir, refletir e discutir sobre a necessidade de elaborar um projeto educativo que nasça de uma coerente e completa visão do homem. "Num tempo em que é grande o fascínio de concepções relativistas e niilistas da vida, e no qual a própria legitimidade da educação é colocada em discussão, a primeira contribuição que podemos oferecer – disse o pontífice − é o testemunho de nossa confiança na vida e no homem, na sua razão e na sua capacidade de amar."

Em seguida, Bento XVI recordou que, no próximo domingo, encerrar-se-á o triênio da "Ágora dos jovens italianos", que viu engajada a Conferência Episcopal Italiana, num percurso articulado de animação da pastoral juvenil, e que constitui um convite a verificar o caminho educativo em ato, e a realizar novos projetos para as novas gerações.

"A dificuldade de formar autênticos cristãos se entrelaça até confundir-se, com a dificuldade de fazer crescer homens e mulheres responsáveis e maduros, nos quais a consciência da verdade e do bem, e a livre adesão a estes valores estejam no centro do projeto educativo. Por isso, junto com um adequado projeto de educação está a necessidade de educadores bem formados, para os quais as novas gerações possam olhar com confiança. Um verdadeiro educador coloca em jogo em primeiro lugar sua própria pessoa e sabe unir autoridade e exemplo, na tarefa de educar aqueles que lhe são confiados."

Bento XVI recordou o profundo sentido de solidariedade do povo italiano, que se exprime com particular intensidade em algumas circunstâncias dramáticas do país, como o devastador terremoto que atingiu, recentemente, a região de Abruzzo.

"Eu tive a oportunidade, durante minha visita àquela terra tragicamente ferida, de ver pessoalmente, o luto, a dor e os desastres provocados pelo terrível terremoto, mas também pude ver a fortaleza de espírito daquelas populações junto com o movimento de solidariedade que teve início em todas as partes da Itália. Nossas comunidades responderam com grande generosidade ao pedido de ajuda proveniente daquela região, sustentando as iniciativas promovidas pela Conferência Episcopal através da Caritas. Desejo – continuou Bento XVI - renovar aos bispos de Abruzzo e, através deles, às comunidades locais, minha constante oração e afetuosa solidariedade."

O Santo Padre citou os efeitos da crise financeira e econômica que atingiu duramente o cenário global e, de vários modos todos os países. Apesar das medidas tomadas em vários níveis, os efeitos sociais da crise não deixam de ser sentidos e, de modo particular, nas camadas mais vulneráveis da sociedade e nas famílias.

"Desejo expressar meu apreço e encorajamento – sublinhou o pontífice − à iniciativa do fundo de solidariedade do Episcopado, denominada "Empréstimo da esperança", que terá, precisamente no próximo domingo, um momento de participação de todos na coleta nacional, que constitui a base do próprio fundo."

Num momento de dificuldade − disse o Santo Padre − que atinge de modo particular aqueles que perderam seus empregos, essa iniciativa torna-se um verdadeiro ato de culto, que nasce da caridade suscitada pelo Espírito do Ressuscitado no coração dos fiéis. É um anúncio eloquente da conversão interior, gerada pelo Evangelho e uma manifestação tocante da comunidade eclesial.

O papa finalizou seu discurso, recordando o compromisso de promoção de uma mentalidade em favor da vida em todos os seus aspectos e momentos, com especial atenção à vida marcada por condições de grande fragilidade e precariedade. Tal compromisso é testemunhado pela manifestação "Livres para viver. Amar a vida até o fim", que vê o laicato católico italiano concorde em trabalhar, a fim de que não falte no país a consciência da plena verdade sobre o homem e promoção do autêntico bem da pessoa e da sociedade. (SP)







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