2009-05-28 18:38:33

A RELAÇÃO DA SANTA SÉ COM OS ESTADOS DA EUROPA PÓS-COMUNISTA


Cidade do Vaticano, 28 mai (RV) - "A Santa Sé e os Estados da Europa pós-comunista": este foi o tema do congresso realizado nesta quarta-feira, na Pontifícia Universidade Angelicum, de Roma.

Depois da queda do muro de Berlim – lê-se no comunicado do ateneu – a política da Santa Sé se dirigiu com grande energia para a reconstrução de relações diplomáticas que, todavia, se deterioram por causa da política de repressão em relação às comunidades católicas.

Durante o congresso, o secretário de Estado do pontificado de João Paulo II, Cardeal Angelo Sodano, recordou a dura repressão do regime comunista: "O descobrimento de milhões de mortos impressionou dolorosamente quem tinha acreditado na ideologia marxista".

O Cardeal Sodano citou um dos historiadores mais conhecidos da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), Roy Medvedev, que, em fevereiro de 1989, falava de 40 milhões de vítimas de Stalin na então União Soviética, entre elas, inúmeras pessoas que foram perseguidas somente por causa de sua fé.

Por sua vez, o subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Pietro Parolin, falou do caso da Bósnia-Herzegovina que constitui hoje, um modelo interessante não somente quanto à relação Estado-Igreja, mas também no que diz respeito ao diálogo inter-religioso: "A maioria dos croatas é católica, os sérvios são ortodoxos e os bósnios são muçulmanos. Pelo princípio de igualdade dos três povos, o Acordo com a Santa Sé oferece ulteriores garantias para todas as comunidades religiosas do país" – recordou Mons. Parolin.

"Os acordos internacionais contribuem para o progresso de um país, porque introduzem uma visão jurídica que supera a nacional, às vezes parcial e instrumental" – acrescentou. (BF)







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