LÍDERES RELIGIOSOS DE NOVA YORK CONDENAM COMPLÔ CONTRA SINAGOGA
Nova York, 23 mai (RV) - Líderes de diferentes credos religiosos, de Nova York,
reuniram-se nesta sexta-feira, na sinagoga de Riverdale, no Bronx, que seria alvo
de atentados explosivos, para celebrar um culto ecumênico.
Rabinos, sacerdotes,
pastores e imames reuniram-se num ato público de solidariedade inter-religiosa, depois
da prisão de quatro homens acusados de planejar um ataque terrorista. A sinagoga
de Riverdale amanheceu fortemente policiada, e líderes da comunidade muçulmana de
Nova York foram prestar solidariedade e mais uma vez esclarecer que o Islamismo não
apoia ações terroristas.
"Viemos até aqui, para manifestar a nossa firme condenação
dos atos terroristas, e dizer que ações desse tipo nada têm a ver com o credo islâmico,
baseado na fé em Alá e no apoio à vida comunitária" − disse o Imame Souleimane Konate,
do Conselho de Imames Africanos da América.
O comissário de polícia de Nova
York, Raymond Kelly, também participou da cerimônia e agradeceu aos policiais locais,
que ajudaram a prisão dos suspeitos. A ação foi filmada por um dos moradores de Riverdale
e repetida em todos os programas de TV. Kelly confirmou que os quatro suspeitos têm
uma extensa ficha policial e revelou que os componentes do grupo se conheceram quando
cumpriam pena de reclusão, período em que todos se converteram ao Islamismo.
Três
deles − James Cromitie, David Williams e Onta Williams − têm histórico de prisões
por tráfico de drogas, e um deles vendia narcóticos nas proximidades de uma escola.
O quarto − o haitiano Laguerre Payen − certa vez foi preso por furto e por atirar
em duas pessoas na rua, com uma arma de caçar passarinhos, quando dirigia uma caminhonete.
Os quatro respondem agora a um processo por planejar um atentado com armas
de destruição em massa e, se condenados, estão sujeitos à prisão perpétua.
Segundo
a polícia, James Cromitie acompanhava diariamente os informes sobre a guerra no Afeganistão
porque a família de seu pai veio de Cabul. Ele é separado da mulher e tem três filhos.
Cromitie era o líder do grupo e foi quem encomendou os explosivos a um agente infiltrado
do FBI, que os investigava e que forneceu explosivos falsos para que o flagrante do
atentado fosse armado. Cromitie sonhava juntar-se a um grupo terrorista no Paquistão.
(AF)