SOMÁLIA: ADMINISTRADOR APOSTÓLICO PEDE QUE POPULAÇÃO APÓIE GOVERNO
Mogadíscio, 21 mai (RV) - A situação na Somália está cada vez mais incerta.
Ainda não foi confirmada a presença de tropas etíopes no país, quatro meses depois
da retirada dos militares de Addis Abeba. O Governo da Etiópia nega qualquer posicionamento
militar além da própria fronteira, mas testemunhas desmentem o anúncio oficial.
Enquanto
isso, na capital, Mogadíscio, um grupo de insurgentes atacou uma base da missão da
União Africana, matando três civis. Foi o último ato de violência dos últimos dias,
entre milícias extremistas islâmicas e tropas fiéis ao novo Governo de transição.
O
futuro da Somália será o tema de um encontro de cúpula que se realizará em Roma, no
dia 10 de junho.
Sobre a situação no país, a Rádio Vaticano entrevistou o administrador
apostólico de Mogadíscio, Dom Giorgio Bertin:
Dom Giorgio Bertin:-
"Sem dúvida, o Governo de transição se encontra entrincheirado, inclusive em Mogadíscio,
e talvez controle um terço do país. Por outro lado, fundamentalistas islâmicos têm
como objetivo, tomar completamente o poder. A população − como nos últimos 19 anos
de guerra civil − está sofrendo, pois sabe que a vida será muito mais dura se os fundamentalistas
conquistarem a capital."
P. Quais são os votos da Igreja na Somália? Dom
Giorgio Bertin:- "Que a paz volte. Os votos são de que o Governo atual resista,
e que a população se decida a apoiar mais este Governo de transição." (BF)