2009-05-16 15:05:25

Papa evoca Padre Mateus Ricci, na abertura das celebrações do IV centenário da sua morte, em carta ao bispo de Macerata, sua terra natal


(16/5/2009) Com uma Eucaristia na catedral de Macerata (Itália), têm início neste domingo dia 17, as celebrações diocesanas por ocasião do IV Centenário da morte do Padre Mateus Ricci, jesuíta, apóstolo na China.

Em Carta enviada ao Bispo daquela diocese, Bento XVI congratula-se com a iniciativa e faz votos de que contribua para reforçar os elos que unem a Igreja de onde era natural aquele missionário com a Igreja e a pátria chinesa, onde viveu boa parte da sua existência e onde faleceu, a 11 de Maio de 1610 (em Pequim).

“Dotado de profunda fé e de extraordinárias capacidades culturais e científicas – escreve o Papa – (Mateus Ricci) dedicou longos anos da sua existência a tecer um profícuo diálogo entre Ocidente e Oriente, conduzindo ao mesmo tempo uma incisiva acção de enraizamento do Evangelho na cultura do grande Povo da China. O seu exemplo permanece ainda hoje como modelo positivo de encontro entre a civilização europeia e a civilização chinesa”.

Bento XVI associa-se, pois, de bom grado, a quantos recordam “este generoso filho” daquela terra de Macerata, obediente ministro da Igreja e intrépido e inteligente mensageiro do Evangelho de Cristo”. Referindo “a sua intensa actividade científica e espiritual”, o Papa sublinha “a inovativa e peculiar capacidade que ele revelou em pôr em relação, com pleno respeito, as tradições culturais e chinesas no seu conjunto”. Uma atitude que caracteriza “a sua missão, visando procurar a harmonia possível entre a nobre e milenária missão civilização chinesa e a novidade cristã, que é fermento de libertação e de autêntica renovação no interior de qualquer sociedade, sendo o Evangelho, mensagem universal de salvação, destinado a todos os homens, qualquer que seja o seu contexto cultural e religioso”.
“O que o tornou mais original e, poderíamos dizer, profético o seu apostolado – acrescenta ainda o Papa – foi sem dúvida a profunda simpatia que nutria por todos os chineses, pela sua história, pelas suas culturas e tradições religiosas”. “Modelo de diálogo e de respeito pelas crenças dos outros”, Mateus Ricci “fez da amizade o estilo do seu apostolado durante os 28 anos de permanência na China”.

Bento XVI concluiu a sua Carta ao bispo de Macerata fazendo votos de que as manifestações jubilares em sua honra ofereçam a oportunidade de aprofundar o conhecimento da sua personalidade e da sua actividade. “Seguindo o seu exemplo, possam as nossas comunidades, no interior das quais convivem pessoas de diversas culturas e religiões, crescer no espírito de acolhimento e de respeito recíproco”.








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