PAPA AO PATRIARCADO GRECO-ORTODOXO: "TESTEMUNHEMOS JUNTOS O AMOR DE DEUS"
Jerusalém, 15 mai (RV) - O Santo Padre foi acolhido esta manhã, em Jerusalém,
pelo Patriarca Teófilo III, na sede do Patriarcado Greco-ortodoxo.
O papa
agradeceu ao patriarca pelo acolhimento fraterno e pela oportunidade que lhe foi oferecida
de se encontrar com os líderes das Igrejas e das comunidades eclesiais ali presentes.
Além disso, recordou o histórico encontro entre seu predecessor, Paulo VI,
e o Patriarca Ecumênico Atenágoras I, e também o encontro entre João Paulo II e o
Patriarca Diodoros. Bento XVI ressaltou que "este santo lugar nos impele a promover
o nosso compromisso ecumênico".
"Elevo minha oração, a fim de que nosso encontro
possa dar um novo impulso aos trabalhos da Comissão Internacional Conjunta para o
Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas, juntando-se aos
recentes frutos dos documentos de estudos e outras iniciativas conjuntas" − frisou
o Santo Padre.
Bento XVI recordou a participação do patriarca ecumênico de
Constantinopla, Bartolomeu I, no Sínodo dos Bispos que se realizou em outubro passado,
no Vaticano, sobre a "Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja".
"Seu
acolhimento e suas palavras foram expressões sinceras da profunda alegria espiritual
que nasce da comunhão já existente entre as nossas Igrejas" – sublinhou o pontífice.
"Esta
experiência ecumênica – enfatizou o Santo Padre − testemunha o vínculo entre a unidade
da Igreja e sua missão. Com os braços abertos na cruz, Jesus revelou a plenitude de
seu desejo de atrair a si cada pessoa, formando a união. Doando-nos o seu Espírito,
Ele revelou o seu poder de nos tornar capazes de participar de sua missão reconciliadora."
"Devemos redobrar o nosso compromisso, a fim de aperfeiçoar a nossa comunhão,
e torná-la completa; devemos testemunhar juntos, o amor do Pai que enviou seu Filho,
para que o mundo conheça o seu amor por nós" − ressaltou ainda o papa, sublinhando
que os cristãos de Jerusalém devem se empenhar na educação de uma nova geração de
cristãos bem formados e engajados, que ajudem no progresso da vida civil e religiosa
dessa cidade única e santa.
O pontífice concluiu, fazendo um apelo em prol
da liberdade religiosa e da convivência pacífica, e pediu − em favor das novas gerações
− o livre acesso à educação e ao trabalho, a perspectiva de uma hospitalidade conveniente,
residência familiar e a possibilidade de contribuir e usufruir de uma situação econômica
estável. (MJ)