Vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa assegura que a peregrinação de
Maio, em Fátima, terá presente quem mais sofre com a crise
(13/5/2009) D. António Marto quer que a Peregrinação Internacional Aniversária tenha
“presente o agravamento das dificuldades no nosso país”. O vice-presidente da
Conferência Episcopal Portuguesa diz esperar que D. António Marto que a crise não
se venha a transformar "numa explosão social violenta”. “Medo angústia, revolta,
sentido do fracasso, são sentimentos normais, mas a crise social não se pode transformar
numa crise social violenta. Para evitar, “Estado, empresários, trabalhadores, sindicatos,
sociedade civil”, possam “contribuir com a sua parte”. O Bispo de Leiria – Fátima
afirmou ao jornalistas presentes na conferência de imprensa que a simples participação
não é suficiente, mas deve “provocar um assumir das responsabilidades a favor dos
que precisam” e infundir “coragem para dar os passos necessários para resolver a situação
actual”. “Cada um é chamado a realizar a sua própria parte”, considerou, conduzido
pelo “espírito de solidariedade, que é reconhecer em quem está em necessidade um irmão
a amar e a ajudar”. D. António Marto pediu “um alto sentido de responsabilidade”
para “encontrar respostas respeitadoras e promotoras da dignidade de todo o ser humano
que comporta, entre outras coisas, garantir o direito ao trabalho”. O Bispo de
Leiria – Fátima deixou o apelo para o trabalho em rede “entre todos as instituições
cristãs – paroquiais, diocesanas e nacionais”. “O trabalho em rede é mais eficaz
e inteligente”, destacou o bispo, apontando a ajuda que a Caritas diocesana, as Conferências
Vicentinas entre outras instituições prestam a cerca de seis mil pessoas. Também
o Santuário de Fátima presta ajuda a muitas igrejas mundiais consagradas a Nossa Senhora.
O Pe. Virgílio Antunes, Reitor do Santuário de Fátima confirmou que são muitos os
Bispos, as instituições de solidariedade social, e muitos particulares que pedem a
ajuda do Santuário. D. António Marto pediu uma “renovada e séria política social
para dar respostas continua às necessidades das pessoas”. “É preciso sabedoria
e coragem para o viver pessoal e social”, num renovado “estilo de vida, mais sóbrio”
e capaz de promover “uma solidariedade feita de proximidade e partilha respeitosa
e concreta”. O Bispo de Leiria – Fátima quer ainda ter presente nesta peregrinação
a viagem do Papa à Terra Santa, talvez a “viagem é a mais simbólica, corajosa, arriscada
e significativa do pontificado”. D. António Marto desatacou a dimensão ecuménica e
o impulso no inter-religioso “trilateral entre judeus, cristãos e muçulmanos”, na
viagem de Bento XVI.