NA ESPLANADA DAS MESQUITAS, PAPA PEDE FIDELIDADE AO ÚNICO DEUS
Jerusalém, 12 mai (RV) - O programa deste segundo dia de Bento XVI em Jerusalém
é intenso: a manhã do papa teve início com a visita à Esplanada das Mesquitas, onde
se encontram duas grandes mesquitas, sendo a Cúpula da Rocha o mais antigo monumento
islâmico na Terra Santa: remonta ao ano 640.
Diante da Cúpula da Rocha, o pontífice
foi recebido pelo Grão-mufti Muhammad Ahmad Hussein. Após uma breve visita ao local,
o papa foi acompanhado a uma sala onde o aguardavam os expoentes da comunidade muçulmana.
No discurso que lhes dirigiu, o Santo Padre afirmou que, naquele lugar, as três grandes
religiões monoteístas se encontram, recordando o que têm em comum.
"Em um mundo
tristemente lacerado por divisões, este lugar sagrado serve de estímulo e constitui
um desafio para homens e mulheres de boa vontade, a se empenharem para superar incompreensões
e conflitos do passado, e a se colocarem no caminho de um diálogo sensível, voltado
para a construção de um mundo de justiça e de paz para as futuras gerações."
A
fidelidade ao único Deus, o Criador – recordou Bento XVI − leva a reconhecer que os
seres humanos são fundamentalmente ligados uns aos outros, porque todos recebem a
própria existência de uma só fonte e são remetidos a uma meta comum.
Marcados
por esta imagem indelével do divino − afirmou o pontífice − os fiéis são chamados
a desempenhar um papel ativo ao aplacar as divisões e ao promover a solidariedade
humana.
Isso significa que cada um de nós é responsável por aquilo que faz
− explicou o papa − e esta é a razão pela qual devemos trabalhar para salvaguardar
os corações humanos do ódio, da raiva ou da vingança.
"Empenhemo-nos a viver
em espírito de harmonia e de cooperação, testemunhando o Deus único, mediante o serviço
que generosamente prestamos uns aos outros" – concluiu Bento XVI. (BF)