Cristo é a pedra viva, angular. Com Ele, também nós somos pedras vivas da Igreja una:
Bento XVI na bênção da primeira pedra de duas novas igrejas
(10/5/2009) Na tarde deste domingo, Bento XVI deslocou-se á área do rio Jordão
onde Jesus foi baptizado. Neste local o Papa procedeu á bênção das primeiras pedras
das igrejas dos latinos e dos greco-melquitas; neste lugar o rei da Jordânia autorizou
a construção de 5 igrejas das várias confissões e ritos cristãos. Na alocução pronunciada
nesta circunstância, Bento XVI congratulou-se com a próxima construção destas duas
novas igrejas, uma latina e a outra greco-melquita – “cada uma delas segundo as tradições
da própria comunidade”, mas ambas “para edificar uma única família de Deus”. E explicou
o sentido da bênção da primeira pedra de cada um dos novos edifícios religiosos:
“A
pedra alicerce da igreja é um símbolo de Cristo. A Igreja assenta sobre Cristo, é
sustentada por Ele e não se pode separar d’Ele. É Ele a pedra fundamento de cada comunidade
cristã, pedra viva rejeitada pelos construtores, mas escolhida e preciosa aos olhos
de Deus como pedra angular”.
“Com Cristo – prosseguiu – cada um de nós se
torna pedra viva na edificação de uma casa espiritual”. “É esta a realidade da Igreja:
Cristo e nós, Cristo connosco. Ele está connosco como a vinha está com os seus próprios
ramos. A Igreja é, em Cristo, uma comunidade de vida nova, uma realidade dinâmica
de graça que brota d’Ele. Através da Igreja, Cristo purifica os nossos corações, ilumina
as nossas mentes, une-nos ao Pai e, num único Espírito, leva-nos a exercitar diariamente
o amor cristão”.
Referindo depois a memória ligada ao lugar onde serão construídas
estas duas novas igrejas, na localidade de Betânia além-do-Jordão, afirmou Bento XVI:
“No lugar que está diante de nós apresenta-se-nos ao vivo a memória do baptismo
de Cristo. Jesus meteu-se na fila dos pecadores e aceitou o baptismo de penitência
de João, como um sinal profético da sua paixão, morte e ressurreição, para o perdão
dos pecados”.
O Papa concluiu fazendo votos de que “a contemplação orante
destes mistérios” encha de “alegria espiritual e de coragem moral” os fiéis, aos quais
deixou uma exortação final:
“Promovei o diálogo e a compreensão na sociedade
civil, especialmente quando reclamais os vossos legítimos direitos. No Médio Oriente,
marcado por trágicos sofrimentos, por anos de violência e tensões por resolver , os
cristãos são chamados a dar o seu contributo, inspirado pelo exemplo de Jesus , da
reconciliação e da paz através do perdão e generosidade”.