Criar pontes de paz e solidariedade entre os povos: Bento XVI, aos Guardas Suíços,
na véspera da partida para a Terra Santa
(7/5/2009) A universalidade e diversidade da Igreja, na sua unidade – foi recordada
pelo Papa nesta quinta de manhã, dirigindo-se aos membros da Guarda Suíça do Vaticano,
por ocasião do respectivo juramento anual de fidelidade. Exprimindo-se sucessivamente
nas três línguas oficiais da Confederação Helvética – alemão, francês e italiano,
Bento XVI começou por agradecer ao seu corpo de guarda o serviço que prestam e a
“amabilidade e atenção” que lhe reservam, assim como às pessoas que com ele habitam,
todos os colaboradores e mesmo os hóspedes. Atenção que – observou - se estenderá
também aos camaradas, uns para com os outros. Dirigindo depois a sua atenção
a “Roma, a Cidade eterna, que se distingue pela sua rica história e pela sua cultura”,
o Papa fez notar que “a nossa admiração não se limita unicamente aos testemunhos do
passado”.
“Nesta cidade, de certa maneira, a própria fé e a oração de numerosos
séculos são testemunhadas pelas pedras e pelas formas. Este meio ambiente acolhe-nos
e inspira-nos a tomar como modelos os inumeráveis santos que aqui viveram e, graças
a eles, podemos avançar na nossa vida de fé”.
Ora, é precisamente nesta cidade
de Roma – prosseguiu Bento XVI – que “se encontra o centro da Igreja Universal”.
“(Em
Roma) encontramos cristãos de todo o orbe terrestre. A Igreja católica é internacional.
Contudo, na sua multiplicidade, permanece uma única Igreja, que se exprime na mesma
confissão de fé e é unida também muito concretamente no elo que a liga a Pedro e ao
seu sucessor o Papa. A Igreja congrega homens e mulheres de culturas muito diversas.
Formam todos uma comunidade em que se vive e se crê conjuntamente e, nas coisas essenciais
da vida, existe um entendimento mútuo. Trata-se de uma experiência muito importante,
que a Igreja vos quer dar, para que a façais vossa e a comuniqueis aos outros – isto
é, a experiência de que na fé em Jesus Cristo e no seu amor pelos homens, até mesmo
mundos tão diversos se podem tornar uma só coisa, criando desse modo pontes de paz
e de solidariedade entre os povos”.