TRINTA E DOIS NOVOS GUARDAS SUÍÇOS JURAM FIDELIDADE AO PAPA
Cidade do Vaticano, 06 mai (RV) - Hoje foi dia de juramento dos guardas suíços
no Vaticano. A cerimônia, que se repete desde o saque de Roma, 482 anos atrás, realizou-se
esta manhã, no Pátio São Damaso.
Celebrando o dia 6 de maio de 1527, data
em que 147 soldados suíços deram suas vidas para salvar o pontífice, hoje, 32 novos
recrutas juraram lealdade diante do novo comandante do exército pontifício, Daniel
Anrig, há um ano no cargo.
O comandante Anrig, de 36 anos, casado e pai de
quatro filhos, é formado em Direito Civil e Eclesiástico. Ele disse ontem aos jornalistas
que, pessoalmente, não exclui a hipótese de que a Guarda Suíça abra suas portas, no
futuro, às mulheres: "Entendo que se o corpo da Guarda Suíça existe há quase 500 anos,
é porque se renova continuamente" – declarou.
Os requisitos para ter acesso
ao exército pontifício são: ser suíço, do sexo masculino, católico praticante, ter
um diploma, mais de 1,74cm de altura, e um comprovado equilíbrio psicológico e comportamental.
Entre os deveres dos guardas suíços estão: a custódia física do papa, a vigilância
do Palácio Apostólico e dos ingressos externos à Cidade do Vaticano, e os serviços
de segurança e de honra nas cerimônias públicas do pontífice.
"Trata-se –
como sublinhou o cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone, presidindo a santa
missa desta manhã – de um serviço qualificado e unanimemente apreciado, que exige
seriedade, dedicação, fidelidade e vigilância."
Na missa, celebrada no Altar
da Cátedra, na basílica vaticana, o Cardeal Bertone, ressaltou ainda: "Vigilância
e oração são indispensáveis uma à outra. Não se pode vigiar sem rezar, nem rezar sem
estar espiritualmente alerta. Aquele que ama, bem vigia. Velar faz parte do amor.
Antes de tudo, devemos vigiar contra o mal, contra o pecado e contra o desamor. Jesus
quer nos ver com as lâmpadas de sua luz acesas."
Em seguida, o purpurado recordou
aos guardas que seu serviço, no Vaticano, deve ser forjado pela vigilância não apenas
exterior, mas também interior, de seus corações.
"A linfa vital de seu trabalho
deve ser a vida de fé, de consciência da pertença à Igreja e do sentimento de fidelidade
ao papa" – disse, convidando os novos guardas a enfrentarem as provações e dificuldades
do dia-a-dia com coragem, confiança e, sobretudo, com a força e a graça que provêm
de Deus." (CM)