2009-05-06 12:34:34

SANTA SÉ: REQUISITOS PARA O CONTROLE DAS ARMAS NUCLEARES


Nova York, 06 mai (RV) – Realizou-se nesta terça-feira, em Nova York, o terceiro encontro do Comitê Preparatório da Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP), prevista para 2010. A Santa Sé participou da sessão, e seu representante, o Arcebispo Celestino Migliore, proferiu um discurso.

O Tratado foi assinado há 40 anos, e a Santa Sé continua reiterando seu firme e contínuo apoio a esse instrumento-chave para o reforço da paz e da segurança internacionais. "Mas, infelizmente – ressaltou Dom Celestino Migliore – hoje constatamos que há mais de 26 mil ogivas nucleares no mundo, e alguns países continuam correndo para se unir ao "clube nuclear"."

De positivo, a Santa Sé vê as iniciativas de governos, organizações internacionais e da sociedade civil no sentido de colocar novamente o desarmamento nuclear e a não-proliferação no centro do debate internacional.

A delegação da Santa Sé espera que se efetive a redução dos arsenais nucleares, e que se verifiquem progressos na resolução de questões relacionadas à entrega das armas nucleares. Iniciativas e posições expressas nos últimos meses revigoram a esperança de que a meta de um mundo livre de armas nucleares é possível.

A Santa Sé sugere que a revisão do TNP só poderá se realizar, se os membros forem sérios com seu compromisso; se as negociações para a utilização de materiais alternativos começarem imediatamente; se os países excluírem toda e qualquer dependência em relação às armas nucleares; e se a utilização pacífica da energia nuclear estiver sob o estrito controle da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA).

"Considerando a crescente necessidade de energia no mundo, é imperativo encontrar soluções comuns e estruturas internacionais para a produção de combustível nuclear. A AIEA deve garantir segurança e acesso equitativo para todos" – pediu Dom Celestino Migliore.

A Santa Sé exortou os países-membros a assumirem uma corajosa liderança política e responsável, para proteger a integridade do TNP e criar um clima de confiança, transparência e cooperação, em vista da concretização de uma cultura da vida e da paz. (CM)







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