Presidente do CCEE pede respeito pela liberdade religiosa
(5/5/2009) O Cardeal Péter Erdo deixou esta Segunda-feira um apelo para o respeito
pela liberdade religiosa. O Arcebispo de Budapeste e Presidente do Conselho das Conferências
Episcopais da Europa – CCEE, falou no Conselho da Europa, em Estrasburgo, num encontro
que abordou o ensino da religião na Europa, onde também foi apresentado um estudo
sobre a realidade do ensino da religião nos países da Europa. O Arcebispo de Budapeste
afirmou que o propósito secularista que quer relegar a religião para a esfera privada,
“não respeita o sentido de liberdade e, por isso, nega um dos componentes da própria
religião”. Dizer que a religião é um assunto exclusivamente privado “é equivalente
a dizer que Deus nada tem a ver com a vida social”. Em termos democráticos, frisou
o Cardeal Erdo, o sentido agnóstico deve respeitar ser respeitado tanto quanto uma
crença religiosa, consequência da liberdade e dignidade da pessoa humana. O ensino
da religião é enquadrado neste contexto. “Uma proposta que serve estritamente uma
dimensão cultural. Cabe a cada indivíduo considerá-la e aceitá-la ou rejeitá-la”,
afirmou perante o Conselho da Europa. O Presidente da CCEE considerou que numa
altura em que se percebem os sinais da crise, “não apenas a níveis económicos e financeiros,
mas acima de tudo uma crise de valores e do sentido da vida, a educação religiosa
tem um papel decisivo”. A Igreja considera “ser seu dever” manter a educação de
jovens e “fazer o possível para lhes dar uma boa formação”. “Se a religião é natural
à vida do homem, o ensino da religião tem de existir, onde a educação é feita, ou
seja, nas escolas e nos areópagos no mundo contemporâneo”. O Cardeal Erdo afirmou
que o contributo da religião no geral, e a religião católica em particular, oferece
uma nova perspectiva e um horizonte mais amplo, “tornando a vida mais humana e capaz
de gerar caridade e esperança na sociedade”.