2009-05-04 17:58:38

PEREGRINAÇÃO DO PAPA NA TERRA SANTA, UM ATO DE ESPERANÇA E DE CORAGEM, DIZ PE. FEDERICO LOMBARDI


Cidade do Vaticano, 04 mai (RV) - Cresce a expectativa no mundo cristão – e não só – pela viagem do papa à Terra Santa, de 8 a 15 do corrente. Esta manhã, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, ilustrou à imprensa o programa da peregrinação que Bento XVI fará, nas pegadas de seus predecessores – Paulo VI e João Paulo II que, respectivamente, em 1964 e no ano 2000, visitaram aqueles Lugares Santos da fé.

Antes de deter-se sobre as várias etapas de um itinerário marcado por eventos religiosos e encontros civis que caracterizarão as intenções dessa peregrinação – que o próprio pontífice quis recordar no Regina Coeli de ontem – Pe. Lombardi ressaltou que será "uma viagem importante, interessante e muito complexa".

Em primeiro lugar, "confirmar e encorajar os cristãos da Terra Santa" que, diariamente, devem enfrentar muitas dificuldades. Em seguida, o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé destacou as diversas cerimônias das quais o Santo Padre participará.

Outra intenção primária do pontífice – como ele mesmo afirmou – será fazer-se "peregrino de paz, no nome do Deus único que é Pai de todos, testemunhando o compromisso da Igreja Católica em ajudar aqueles que se esforçam para praticar o diálogo e a reconciliação, para alcançar uma paz estável e duradoura na justiça e no respeito recíproco".

Pe. Lombardi frisou que a viagem terá várias etapas – Jordânia, Israel e Territórios palestinos – inserindo-se, portanto, num contexto religioso e civil que se tornou ainda mais complicado após o conflito em Gaza, e que agora apresenta uma série de incógnitas com o novo governo de Israel; as divisões políticas entre palestinos e as eleições de janeiro adiadas; as tensões em relação ao Irã; e a política do novo presidente estadunidense, Barack Obama.

"É um complexo de situações, de movimento e também de tensões em que a viagem do papa se apresenta como um ato de esperança e de confiança em poder dar uma contribuição para a paz e para a reconciliação. Parece-me um ato também decididamente corajoso. Parece-me um belo testemunho de compromisso, para levar mensagens de paz e de reconciliação também em situações difíceis" - enfatizou Pe. Lombardi.

O papa encontrará o rei da Jordânia, o presidente e o primeiro-ministro israelenses, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina: esses são os eventos de caráter político mais relevantes, e encontrará os líderes e os fiéis dos seis ritos católicos e de outras confissões cristãs, além dos chefes religiosos do Judaísmo e do Islamismo.

Bento XVI irá à esplanada das Mesquitas e ao Muro Ocidental (Muro das Lamentações), visitará os refugiados palestinos em Belém, e também o Memorial de "Yad Vashem", em Jerusalém, onde homenageará as vítimas do holocausto, mas não irá ao Museu Histórico.

Como ressaltou o próprio Santo Padre referindo-se à sua peregrinação à Terra Santa, que terá início na próxima sexta-feira, essa viagem apostólica não deixará de ter "uma notável importância ecumênica e inter-religiosa". (RL)







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