Há quatro anos, eleito Papa, como sucessor de João Paulo II, o cardeal Joseph Ratzinger,
Bento XVI
O Papa Bento XVI regressa neste domingo ao fim da tarde ao Vaticano, após uma semana
passada na residência de Castelgandolfo, de onde deverá partir, de helicóptero, pelas
18.30. Praticamente a mesma hora em que, há quatro anos, neste mesmo dia 19 de Abril,
o mundo recebeu a notícia da eleição papal do cardeal Joseph Ratzinger, logo ao quarto
escrutínio de um dos mais breves conclaves da história. No editorial que nos propõe
cada sábado, o nosso director, Padre Frederico Lombardi – evocando o terceiro ano
deste pontificado, recorda que (citamos) “há um ano, Bento XVI festejava os seus
anos e o aniversário da sua eleição no momento em que se encontrava nos Estados Unidos
e se dirigia aos povos do mundo da tribuna das Nações Unidas. Seguidamente – prossegue
- percorreu outras costas: em Julho encontrava-se na Austrália para se encontrar com
os representantes dos jovens do mundo; em Setembro estava em França (Paris e Lourdes),
pontos de referência da cultura e da espiritualidade europeia; há poucos semanas estava
na África, para encorajar a esperança de povos desejosos de resgate e para empreender
o caminho de um novo Sínodo continental… “Quatro viagens, quatro continentes;
e dentro de menos de um mês, o quinto – a Ásia, para peregrinas na fé aos lugares
da Terra Santa e para falar de reconciliação numa terra crucial para o diálogo entre
as grandes religiões e a paz no mundo. (…) Levar Deus aos homens e os homens a Deus,
o Deus que se manifestou no rosto de Cristo, e traduzir a fé em diálogo, em força
de unidade e de testemunho de caridade activa. Este o sentido do pontificado de Bento
XVI, como ele próprio reafirmou com vigor e paixão na recente Carta ao episcopado
mundial, para que um breve período de tensões na Igreja e à volta dela não faça perder
de vista o centro, ou seja, o que verdadeiramente essencial, e não faça esquecer a
vastidão da tarefa e as fronteiras históricas, culturais e espirituais a que se dirige.”