IGREJA NO PARAGUAI CONSTRANGIDA POR ASSUMIDA PATERNIDADE DE LUGO
Assunção, 15 abr (RV) - A Igreja Católica do Paraguai, através da Conferência
Episcopal, emitiu ontem um comunicado no qual pede “perdão pelos pecados de seus membros,
tanto pastores como fiéis”. “Como bispos, renovamos nosso compromisso assumido na
ordenação episcopal e pedimos a todos os nossos sacerdotes que pratiquem as promessas
assumidas com a ordenação” – diz o comunicado.
Segunda-feira, em um discurso
público, o presidente Fernando Lugo reconheceu a paternidade de um menino de dois
anos, filho de Viviana Rosalith Carrillo Cañete, de 26 anos. O menino completará dois
anos no dia 4 de maio. O menino foi concebido quando o presidente era bispo emérito
da diocese do Departamento de San Pedro, a 360 quilômetros a norte de Assunção.
O
atual presidente apresentou sua renúncia como bispo no dia 18 de dezembro de 2006,
para concorrer às eleições presidenciais do país. O Vaticano não aceitou o pedido
e papa lhe aplicou a suspensão "a divinis", que o interdita de exercer o ministério
sacerdotal, mas mantém sua condição de bispo. Após Lugo vencer as eleições presidenciais
em abril de 2008, o Papa Bento XVI aceitou oficialmente sua renúncia.
Segundo
informações divulgadas hoje, Fernando Lugo teria efetuado ontem o registro civil do
menino Guillermo Armindo Lugo, e decidido ‘devolver a si mesmo’ a metade de seu salário,
ao qual renunciou ao assumir o poder, para fazer frente aos gastos com os cuidados
e a manutenção de seu filho. O salário do presidente era entregue ao Instituto Nacional
do Indígena (Indi).
Os bispos paraguaios pedem orações por toda a Igreja Católica,
para que o sentido de pertença dos fiéis se fundamente sempre mais no Senhor Ressuscitado,
em sua Vida, em suas Palavras e em sua Obra. (CM)