A terra continua a tremer no Abruzzo: 279 pessoas mortas desde o inicio do sismo.
Nesta Sexta Feira Santa os funerais solenes: com dispensa especial será celebrada
Missa de corpo presente presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone
(9/4/2009) Na Itália, uma série de réplicas sísmicas mantiveram esta madrugada as
equipas de salvamento em grandes dificuldades nos trabalhos de busca por sobreviventes
pela terceira noite consecutiva, através dos destroços deixados pelo terramoto que
varreu a cidade de L'Aquila, no centro da Itália, na segunda-feira, e cujo balanço
mortal chega às 279 pessoas.
Um dos abalos desta madrugada – às 2h53 locais
chegou aos 5,2 na escala de Richter – causou danos em vários edifícios e chegou a
ser sentido a uma distância de mais de cem quilómetros, até Roma, mas não há quaisquer
registos de ter provocado mais vítimas.
As equipas de salvamento dão já
como impossível encontrar mais alguém com vida – nenhum sobrevivente foi encontrado,
de resto, nas últimas 24 horas – na totalmente devastada cidade de L'Aquila, na região
de Abruzzo. Uns 17 mil desalojados enfrentaram uma nova noite gelada em tendas armadas
nos parques e estádios, enquanto outros encontraram abrigo em hotéis ou junto de familiares:
O ministro do Interior asseverou que as buscas irão prosseguir, pelo menos
até à Pascoa. Um funeral de Estado e dia de luto deverá ocorrer amanhã.
As
estimativas dão conta de um prejuízo material entre os dois e os três mil milhões
de euros, numa região que vive sobretudo do turismo, da agricultura e pequenos negócios
familiares. Pelo menos 28 mil pessoas terão perdido as casas, de acordo com dados
do Governo. Os funerais solenes das vítimas do terramoto terão lugar na manhã
desta Sexta-feira Santa, tendo sido necessária uma dispensa especial da Congregação
para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos para a celebração de Missa de corpo
presente. Na Sexta-feira Santa não há a celebração da Eucaristia, mas apenas a comemoração
da paixão e morte do Senhor. A Missa será presidida pelo Cardeal Secretario de Estado
Tarcisio Bertone, com a participação do secretario particular do Papa mons. Georg
Gaenswei