2009-04-08 10:27:01

OCUPAÇÃO E GREVE DE FOME EM IGREJA NA BÉLGICA


Bruxelas, 08 abr (RV) - Reivindicando a regularização de sua situação, como prometido Ppelo Governo belga um ano atrás, cerca de 230 imigrantes prosseguem em greve de fome que já dura uma semana.

Os 170 homens e 60 mulheres que ocupam a igreja de Bruxelas desde o último dia 20 de janeiro consideram que a greve de fome é seu último recurso. Em março do ano passado receberam a garantia do Governo federal sobre uma circular que normalizaria sua condição, mas o documento ainda não se viu. Embora não concorde com a decisão dos imigrantes, o pároco da igreja, o holandês Pe. Daniel Alliet, afirma que continuará a apoiá-los.

Os porta-vozes do grupo de imigrantes recordam que sua intenção não era chegar a uma greve de fome, mas que muitos estrangeiros estão ‘desesperados’ porque nenhuma das ações empreendidas produziu resultados até agora.

Nos últimos meses, igrejas e universidades belgas foram ocupadas, foram realizadas outras greves de fome, e no mês passado, cerca de mil pessoas fizeram um protesto no centro da capital, pedindo a regularização dos sem-documentos.

De fato, a ocupação da igreja se soma a da Universidade Livre de Bruxelas ULB (francófona), onde 280 imigrantes estão concentrados há 36 dias, e a da Universidade Livre de Bruxelas VUB (flamenga), onde depois de 51 dias, 103 pessoas ainda resistem, depois que 42 tiveram que ser hospitalizadas.

O Sindicato Cristão enviou uma carta à ministra da imigração e de políticas de asilo, Annemie Turtelboom, advertindo que em breve, será tarde demais para as pessoas da VUB. “Elas terão que viver o resto de suas vias com seqüelas irreversíveis causadas pela greve de fome” – alerta.

Muitos médicos que visitavam os ocupantes da ULB decidiram parar de fazê-lo, para pressionar o Governo. (CM)







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