Roma, 08 abr (RV) - A poucos dias da reunião de cúpula do G20 realizado em
Londres, a Caritas Internationalis exortou os líderes das mais importantes economias
do mundo a manter a promessa das ajudas internacionais. O responsável pela Caritas
para a Cooperação Internacional, Blandine Bouniol, afirmou que o G20 “reafirmou os
objetivos e os compromisso para o desenvolvimento, como o fato de dedicar 0,7% do
PIB, Produto Interno Bruto, às ajudas exteriores, mas a Caritas continua cética sobre
o fato de que essas promessas sejam mantidas, visto que alguns doadores estão já anunciando
drásticos cortes no orçamento e a falta de medidas concretas, como programas para
a distribuição”.
“O pacote do G20 para os países em via de desenvolvimento
- explica Bouniol – continua condicionado ao desempenho de bom governo, analisadas
pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional, mas o Banco e o Fundo promovem
um tipo de economia liberal que levou a dramáticas perdas de empregos e cortes nos
serviços públicos”.
“Registraram-se os primeiros passos encorajadores em direção
da remoção do segredo bancário e a publicação das listas de paraísos fiscais”, observou
Bouniol, mas “o papel do “business multinacional” no condicionamento do desenvolvimento
de um país é subestimado e a responsabilidade das companhias multinacionais que atuam
nos países em desenvolvimento ignorada”. (SP)