“Aprendei com Cristo, que não veio ‘para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate por muitos. O Papa a um grupo de jovens espanhóis vindos a Roma para
acolherem, da parte dos jovens australianos, a Cruz da JMJ.
(6/4/2009) Na Cruz de Cristo, sinal do amor que nos salva, a Cruz torna-se sinal
da própria vida – sublinhou Bento XVI, nesta segunda-feira, ao encontrar-se na vasta
Aula das Audiências, um numeroso grupo de jovens espanhóis, vindos a Roma com o cardeal
Rouco Varela, arcebispo de Madrid, para acolherem, da parte dos jovens australianos,
a Cruz da JMJ. De facto, depois do Encontro de Sidney, no ano passado, a próxima Jornada
Mundial da Juventude terá lugar em Agosto de 2001 na capital espanhola.
Tomando
nas vossas mãos a Cruz, “confessais a vossa fé n’Aquele que vos ama sem medida” - observou
o Papa.
“Animo-vos, a descobrir na Cruz a infinita medida do amor de Cristo,
e assim poder dizer, como São Paulo: ‘vivo na fé do filho de Deus, que me amou até
se entregar por mim’. Sim, queridos jovens, Cristo entregou-se por cada um de vós
e ama-vos de modo único e pessoal. Respondei vós ao amor de Cristo oferecendo-lhe
a vossa vida com amor”.
O maior fruto da preparação para a próxima Jornada
Mundial da Juventude, em Madrid, há-de ser precisamente o renovar e fortalecer a experiência
do encontro com Cristo, morto e ressuscitado. É Ele a meta da nossa vida, do nosso
caminho:
“A vida é um caminho, não há dúvida. Mas não é um caminho incerto
e sem destino fixo, é um caminho que conduz a Cristo, meta da vida humana e da história.
Por este caminho chegareis a encontrar-vos com Aquele que, entregando a sua vida por
amor, vos abre as portas da vida eterna”.
O caminho de preparação para a
JMJ de Agosto de 2011, juntamente com o encontro pessoal de cada jovem com Cristo,
há-se oferecer também uma forte experiência eclesial:
“Este tempo de preparação
para a Jornada de Madrid é uma ocasião extraordinária para experimentar também a graça
de pertencer à Igreja, Corpo de Cristo. As Jornadas da Juventude manifestam o dinamismo
da Igreja e a sua eterna juventude. Quem ama a Cristo, ama a Igreja com uma mesma
paixão, pois ela nos permite viver em estreita relação com o Senhor”.
A concluir
a sua alocução aos jovens espanhóis presentes em Roma, Bento XVI convidou-os a contemplarem
Cristo nos mistérios da sua paixão, morte e ressurreição, e isso de modo muito especial
nesta Semana Santa:
“Aprendei com Cristo, que não veio ‘para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. É este o estilo do amor de
Cristo, marcado com o sinal da cruz gloriosa, na qual Cristo é exaltado, à vista de
todos, com o coração aberto, para que o mundo possa admirar e ver, através da sua
perfeita humanidade, o amor que nos salva”.