Roma, 01 abr (RV) - Em um momento em que a Itália, o país mais endividado da
Europa, enfrenta a sua pior recessão desde 1975, a Igreja está intervindo para ajudar
os cidadãos com problemas financeiros. Quem perde o posto de trabalho neste país recebe
o mais baixo seguro-desemprego entre os 30 integrantes da Organização para a Cooperação
e o Desenvolvimento Econômico (OCDE): no máximo, 40% de seus salários anteriores,
até o limite de mil euros por mês, por um período não superior a seis meses.
Para
ajudar famílias de desempregados com mais de três filhos, um membro portador de deficiências
ou idoso, a Igreja italiana criou um fundo de garantia de 30 milhões de euros. Com
esta verba, serão fornecidos empréstimos e subsídios mensais de no máximo 500 euros.
A quantia emprestada deverá ser restituída em até cinco anos, acrescida de uma taxa
de juros mínima.
Segundo informou ontem o secretário da Conferência Episcopal
Italiana (CEI), Dom Mariano Crociata, com este dinheiro, as famílias que atravessam
momentos difíceis poderão pagar o aluguel ou a hipoteca de suas casas. O mecanismo
funcionará graças a um acordo alcançado entre a CEI e a Associação Bancária Italiana
(ABI). No dia 31 de maio, será promovida uma coleta nacional, e os bancos decuplicarão
a quantia arrecadada.
De 20 a 30 mil famílias serão beneficiadas com a iniciativa.
(CM)