LÍDERES RELIGIOSOS: RESPEITAR COMPROMISSO COM POBRES
Londres, 30 mar (RV) - Os líderes religiosos da Grã-Bretanha exortam os líderes
do G20 a não esquecerem seus compromissos com as pessoas mais pobres do mundo, no
contexto da atual crise econômica. O G-20, ou Grupo dos 20, é o grupo criado para
favorecer a concertação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado
que considere o peso econômico crescente de alguns países. O G-20 é integrado pelas
19 maiores potências econômicas do mundo, e a União Européia.
Em um comunicado
emitido hoje, na semana em que se realiza o G-20, em Londres, eles convidam os líderes
políticos a considerarem as questões morais na raiz da atual crise financeira, e a
dedicarem atenção especial às necessidades dos pobres, marginalizados e pessoas vulneráveis:
“esquecer suas necessidades seria como somar os deploráveis fracassos de nosso passado
com inúteis injustiças futuras”.
O presidente dos bispos católicos da Inglaterra
e País de Gales, Cardeal Cormac Murphy-O'Connor, arcebispo de Westminster, afirma
que “em tempos de dificuldades econômicas, é importante que todos os líderes políticos
não esqueçam suas promessas com o mundo dos pobres. Rezamos para os pobres, vulneráveis
e marginalizados e também para os dirigentes políticos em suas deliberações da próxima
semana”.
Já o presidente dos bispos católicos da Escócia, Cardeal Keith O'Brien,
arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, declarou que “a crise financeira está afetando
todo o planeta, mas é o povo do mundo em desenvolvimento o mais afetado. Os dirigentes
dos países do G20 têm a responsabilidade moral de corrigir erros passados e construir
um mundo mais justo e equitativo para todos. “Nossas orações estarão com eles para
que possam encontrar a força dentro de si, abandonando interesses privados e considerando
as necessidades da comunidade global”.
O arcebispo de Cantuária e líder da
Igreja Anglicana, Dr. Rowan Williams, afirmou que o G20 se realiza em uma atmosfera
de grande expectativa: as pessoas acreditam que este é o momento dos líderes mundiais
reafirmarem seus compromissos morais em benefício do bem-estar de todos, especialmente
os mais pobres, e para o cuidado do planeta para as gerações futuras; devem também
dar resposta aos desafios imediatos de garantir um certo nível de estabilidade financeira.
“Como líderes religiosos, estaremos rezando para que essas expectativas sejam satisfeitas
e que os políticos se inspirem e partilhem uma palavra de esperança a todos nós”.
O Rabino-Chefe das Congregações Judaicas da Commonwealth, Sir Jonathan Sacks
também se agregou e garantiu que as orações da comunidade estão com os líderes mundiais,
para que sejam abençoados com sabedoria e coragem para iniciar o caminho da recessão
à recuperação, e da velha mentalidade do ‘orgulho nacional’ para uma nova era, de
responsabilidade global. (CM)