2009-03-29 12:21:19

O cristão esteja sempre ao serviço do próximo: Bento XVI durante a visita pastoral a uma paroquia de Roma


(29/3/2009) Na manhã deste domingo Bento XVI deixou a Cidade do Vaticano para efectuar uma visita pastoral á Paróquia do Rosto de Jesus no bairro popular da Magliana, oitava paróquia visitada durante o seu pontificado.
Acolhido por uma grande multidão de fiéis, pelo seu vigário para a diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, e pelo pároco, Padre Luigi Coluzzi, Bento X saudou os fiéis dentro da igreja e deteve-se brevemente em oração numa das capelas laterais da mesma.
Antes de celebrar a Missa deste v domingo da Quarema, o Papa, de uma varanda da igreja, dirigiu-se aos fiéis que se encontravam fora do edifício, debaixo de chuva.
“Obrigado por estarem comigo neste bonito domingo, disse o pontífice aos fiéis. Infelizmente chove, mas também o sol está para vir Talvez seja o sinal deste tempo pré-pascal onde sentimos as dores de Jesus e todos os problemas do nosso mundo de hoje. Mas sabemos também que o sol, apesar de muitas vezes estar escondido, existe, que Deus está próximo de nós, nos ajuda e nos acompanha. Neste sentido queremos caminhar em direcção á Páscoa – acrescentou, referindo-se também às dificuldades económicas que neste período muitas famílias estão a viver – sabendo que à nossa vida pertencem os sofrimentos e as dificuldades, mas sabendo também que por detrás está o sol da bondade divina”.


Dentro da Igreja se encontravam – se apenas 250 fiéis, numa estrutura que antigamente era uma ex-central eléctrica. O edifício, porém é de grande impacto arquitectónico : em forma de “V” para representar um abraço. A comunidade é formada por 4.500 famílias. A paróquia do Rosto de Jesus é uma das 15 – entre as 330 – que João Paulo II não conseguiu visitar durante o seu pontificado.
Também em tempos difíceis como o actual, marcado por uma geral crise social e económica, o cristão, embora advertindo as próprias dificuldades, não pode deixar de colocar-se ao serviço dos irmãos – disse Bento XVI na homilia da Missa.
Comentando o trecho do Evangelho deste Domingo o Papa exortou os fiéis a partilhar o estado de espírito de Jesus, revivendo o mistério da sua crucifixação , morte e ressurreição não como espectadores estranhos, mas como protagonistas juntamente com Ele.
É um combate, aquele contra a crise e dificuldades que o Papa compara ao combate dos discípulos com Cristo, compensado pelo serem comparticipes da sua vitoria . Uma missão que passa inevitavelmente para os crentes, pelo sacrifício de si mesmos, porque não existe alternativa para o cristão que deseja realizar a própria vocação. Um sacrifício que pode chegar – acrescentou o Santo Padre – citando o Evangelho deste V Domingo da Quaresma – a odiar a própria vida, uma expressão semítica forte e paradoxal que bem sublinha – disse Bento XVI – a radical totalidade que deve distinguir aqueles que seguem Cristo e que por seu amor se colocam ao serviço dos irmãos.
Não existe outro caminho – insistiu o Papa – para experimentar a alegria e a verdadeira fecundidade do Amor.
Concluindo a homilia, Bento XVI recomendou que a oração, pessoal e litúrgica, ocupe sempre o primeiro lugar na nossa vida e encorajou os jovens a prepararem-se seriamente na construção de famílias unidas e fiéis ao Evangelho e a serem suas testemunhas na sociedade







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