Cidade do Vaticano, 29 mar (RV) - Bento XVI rezou ao meio-dia deste domingo
a oração mariana do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Numa manhã de
pouco sol o papa, na alocução que precedeu a oração, agradeceu mais uma vez a Deus
e a todos aqueles que colaboraram para a boa realização da sua viagem à África.
Bento
XVI quis ainda recordar a “profunda emoção” vivida na África na semana passada encontrando
“as comunidades católicas e as populações de Camarões e Angola”. “A visita me
permitiu ver e compreender melhor a realidade da Igreja na África na variedade das
suas experiências e dos desafios que enfrenta neste momento”. Pensando precisamente
nos desafios que marcam o caminho da Igreja no continente africano, e em todas as
partes do mundo, sentimos o quanto sejam atuais as palavras do Evangelho: “Se o grão
de trigo, caído na terra, não morre, fica sozinho; se ao invés morre, produz muito
fruto”.
“Hoje – disse o papa referindo-se à frase de Jesus, mas também
à situação da África – não é mais a hora de palavras e de discursos; chegou a hora
decisiva, para a qual o Filho de Deus veio ao mundo. Somente assim, de fato, poderá
germinar e crescer uma nova humanidade, livre do domínio do pecado e capaz de viver
em fraternidade, como filhos e filhas do único Pai que está nos céus”.
Na África,
dois aspectos impressionaram o Santo Padre, ambos importantes. “O primeiro é
a alegria visível nos rostos das pessoas, a alegria de sentir-se parte da única família
de Deus, e agradeço ao Senhor por me ter permitido compartilhar com as multidões desses
nossos irmãos e irmãs momentos de festa simples, corais e cheios de fé. O segundo
aspecto é precisamente o forte sentido do sagrado que se respirava nas celebrações
litúrgicas, característica essa comum a todos os povos africanos e que emergiu, poderia
dizer, em todos os momentos da minha permanência entre aquelas queridas populações”.
“Na
grande festa da fé vivida juntos na África, experimentamos – afirmou o pontífice –
que essa nova humanidade é viva, mesmo com os seus limites humanos. Lá onde os missionários
, como Jesus, deram e continuam a consumar a vida pelo Evangelho, se recolhem frutos
abundantes. A eles – continuou – desejo dirigir um particular pensamento de gratidão
pelo bem que fazem. Trata-se de religiosos e religiosas, leigos e leigas.”
Foi
muito bonito para mim – confidenciou Bento XVI – ver o fruto do seu amor por Cristo
e constatar o profundo reconhecimento que os cristão têm para com eles. O Papa concluiu
dando graças a Deus e rezando a Maria Santíssima a fim de que no mundo inteiro se
difunda a mensagem da esperança e do amor de Cristo.
Em seguida o Papa rezou
a oração mariana do Angelus e concedeu a todos a sua Benção Apostólica. Antes de
se despedir dos fiéis o Papa quis agradecer as numerosas pessoas de origem africana,
entre as quais muitos estudantes, acompanhadas pelo Secretário da Congregação para
a Evangelização por Dom Robert Sarah, pelo seu apoio. “Caríssimos,
vocês quiseram vir manifestar a alegria e o reconhecimento pela minha viagem apostólica
à África. Agradeço todos de coração, Rezo por vocês, pelas suas famílias e pelos seus
países de origem. Obrigado!”
O Santo Padre recordou ainda que na próxima
quinta-feira, dia 2 de abril, presidirá a Santa Missa na Basílica de São Pedro por
ocasião do 4º aniversário da morte de seu predecessor o Servo de Deus João Paulo II.
O Papa convidou a participar da celebração, especialmente os jovens de Roma, para
juntos se prepararem para o Dia Mundial da Juventude, que será realizado em âmbito
diocesano no próximo Domingo de Ramos. (SP)