Luanda, 22 mar (RV) - O papa teve com a África um encontro verdadeiro. Além
dos discursos e dos eventos em si, pelas ruas de Iaondê, uma enorme multidão de crianças,
jovens e anciãos disse ao papa que ele é bem-vindo na África. As crianças brincam
e correm, as moças e mulheres cantam e dançam, os homens aplaudem com as mãos.
Recolhidos
em oração na grande Missa no estádio, os africanos também ouvem atentos as palavras
de um Pastor espontaneamente amado: o “Grande Mvamba’”, o “Grande Vovô” do povo africano,
como o arcebispo de Iaondê o chamou, carinhosamente.
Agora, o Sínodo para
a África, o mais importante evento eclesial deste ano, está realmente em caminho,
rumo à grande Assembléia romana de outubro. O documento de trabalho está nas mãos
dos bispos, os problemas do Continente e da Igreja na África foram identificados e
apresentados.
Ao lado de conflitos brutais, corrupção nos governos, pandemias,
pobreza e fome, existem também a capacidade de diálogo entre religiões, experiências
positivas de reconciliação, o amor pela vida, a criatividade, a sabedoria e a tradição.
O lema do Sínodo é “A Igreja na África a serviço da reconciliação, da justiça e da
paz”. Não só bispos e clero, mas laicato e mulheres católicas; todo o povo foi convidado
pelo papa a olhar ao futuro com esperança. (CM)