(21/3/2009) Conclui-se em Viena, a 52.ª sessão da comissão da ONU contra as drogas,
que promoveu uma análise das políticas de prevenção Representando a Santa Sé,
participaram o secretário do Conselho Pontifício da Pastoral para os Agentes de Saúde,
D. José Luis Redrado Marchite; D. Michael Banach, observador da Santa Sé junto da
ONU, em Viena; D. Jean-Marie Musivi Mpendawatu, membro do referido Conselho Pontifício
e D. Mirosław Wachowski, secretário da missão diplomática de Viena. Na sua intervenção,
D. D. José Luis Redrado Marchite reiterou a posição da Igreja sobre a necessidade
de uma política e de uma estratégia de acção centradas na saúde, na dignidade e na
vida do toxicodependente. A droga, denunciou, continua a ser “um grave fenómeno”
do qual se fala pouco, que provoca vítimas, especialmente entre os jovens, "em proporções
assustadoras e inaceitáveis". "Pensar numa sociedade livre das drogas – acrescentou
– exige a forte vontade dos Estados de extirpar definitivamente este fenómeno, que
alguns consideram como parte do nosso viver quotidiano e do qual simplesmente se podem
limitar os danos." D. Redrado Marchite falou das actividades das organizações
da Igreja Católica que trabalham no sector, que consideram como verdadeiro problema
a questão do sentido da vida para combater a dependência. Mais de 30% dos centros
de saúde católicos no mundo têm programas contra a droga –que deram resultados encorajadores
na Espanha, França, Irlanda e Portugal, graças a vastas campanhas informativas e formativas
dirigidas aos jovens. A Igreja apoia os esforços da comunidade internacional na
luta contra a droga, na repressão do crime e na cooperação entre os Estados, recordando
o papel imprescindível da família, "célula educativa primária".