Viena, 19 mar (RV) - A Comissão das Nações Unidas contra as Drogas está reunida
em Viena, na Áustria, até amanhã, para uma análise das políticas de prevenção.
Representando
a Santa Sé, participa o secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes
de Saúde, Dom José Luis Redrado Marchite. Ele reiterou a posição da Igreja, ou seja,
da necessidade de uma política e de uma estratégia de ação centralizadas na saúde,
na dignidade e na vida do toxicômano. A droga, denunciou, permanece um grave fenômeno
do qual se fala pouco, que persiste provocando devastações, desastres e vítimas, especialmente
entre os jovens, "em proporções assustadoras e inaceitáveis".
"Pensar em viver
em uma sociedade livre da droga – acrescentou o prelado – exige a forte vontade dos
Estados de extirpar definitivamente este fenômeno, que alguns consideram seja parte
do nosso viver cotidiano e do qual simplesmente se pode limitar os danos."
Dom
Redrado Marchite falou das atividades das organizações da Igreja Católica que trabalham
no setor, que consideram como verdadeiro problema responder à questão do sentido da
vida para combater a dependência.
A Igreja, todavia, apóia os esforços da
comunidade internacional na luta contra a droga, na repressão do crime e na cooperação
entre os Estados, recordando o papel imprescindível da família, "célula educativa
primaria".
Por sua vez, a Igreja não deixa de oferecer a sua contribuição
na prevenção, na recuperação e na reabilitação dos toxicômanos. Mais de 30% dos centros
se saúde católicos no mundo têm programas contra a droga – programas que deram resultados
encorajadores na Espanha, França, Irlanda e Portugal, graças a vastas campanhas informativas
e formativas dirigidas aos jovens. (BF)