2009-03-17 11:51:01

Bento XVI a caminho da África, na sua primeira viagem apostólica a este continente, com etapas nos Camarões e Angola


(17/3/2009) Bento XVI partiu nesta terça feira para a África numa viagem com duas etapas, Camarões e Angola, com uma dupla finalidade: levar uma mensagem de paz e empenho dos católicos para a reconciliação e a justiça e ao mesmo tempo - como explicou o director da Sala de imprensa da Santa Sé chamar a atenção internacional sobre o continente.
Terra invisível nos jornais, com as chagas das guerras e doenças como a SIDA, esquecida nas suas tragédias pelos poderosos da terra que porém exploram as suas riquezas naturais, a África corre agora o serio perigo de sucumbir sob o peso da crise económica global.
O Papa partiu com um ligeiro atraso, cerca das 10h20, hora de Roma. Nos Camarões ultimam-se os preparativos finais para acolher Bento XVI, numa dinâmica que envolve a própria comunidade muçulmana no país, com cujos representantes se irá encontrar o chefe da Igreja Católica.
No tradicional telegrama que o Papa envia ao Presidente da Itália, ao partir em viagem, Bento XVI fala do "vivo desejo de encontrar os irmãos na fé e os habitantes" de Angola e Camarões.
O avião que transporta o Papa deve aterrar no aeroporto Internacional Nsimalen, de Yaoundé, cerca das 16h00 locais , onde o Papa fará o seu primeiro discurso, o único desta Terça-feira.
Amanhã, Bento XVI celebrará uma missa privada na Capela da Nunciatura Apostólica de Yaoundé. Em seguida encontrar-se-á com o Presidente da República dos Camarões, Paul Biya, no Palácio da Unidade, e terá ainda um encontro com os Bispos do país.
Esta é a primeira viagem de Bento XI á África e a primeira a ter etapas em países diferentes. Camarões e Angola foram escolhidos pelo seu valor simbólico neste ano de realização da 2ª assembleia especial do sínodo dos bispos para a África . Camarões é um país onde convivem mais de 250 etnias, com uma população dividida entre católicos, muçulmanos, protestantes e animistas, fala francês e inglês.
Angola fala português e foi a primeira terra da África austral que viu chegar missionários católicos há 500 anos.
Ambos são espelho das tragédias e das potencialidades do continente por um lado e por outro dos desafios que a Igreja Católica tem pela sua frente.
Em Yaoundé, a capital dos Camarões o Papa encontrará os representantes das outras igrejas cristãs, os muçulmanos e também os doentes.
Sempre em Yaoundé, no dia 19 de Março, durante uma missa no estádio da cidade, Bento XVI abrirá idealmente o Sínodo africano que se efectuará no próximo Outono no Vaticano – entregando aos bispos o documento com os temas da assembleia.
No dia 20 o Papa atravessa o Equador aterrando em Luanda, a capital de um país em reconstrução. A Igreja, uma das poucas vozes com autoridade e independentes do país, pede que esta reconstrução se verifique com justiça e equidade social. Em Luanda o Papa falar+a aos jovens e ás mulheres, as “mamãs” africanas, figuras chaves da sociedade inteira. Domingo dia 22 celebrará Missa na esplanada da Cimangola tendo como pano de fundo o Oceano, uma esplanada que pode conter centenas de milhares de pessoas. O regresso a Roma está previsto na tarde de segunda feira.








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