Num mundo que não compreende o pecado, urge formar rectamente as consciências
dos crentes.
(14/3/2009) Ao cardeal James Francis Stafford , penitenciário Mor e aos participantes
no XX curso para o foro interno promovido pela penitenciaria apostólica Bento XVI
enviou uma mensagem na qual salienta que no nosso tempo constitui sem duvida uma das
prioridades pastorais, formar rectamente a consciência dos crentes, porque na medida
em que se perde o sentido do pecado, aumentam, infelizmente os sentimentos de culpa
que se desejariam eliminar com remédios paliativos insuficientes. O Santo Padre
afirma depois que para a formação das consciências contribuem múltiplos e preciosos
instrumentos espirituais e pastorais que devem ser cada vez mais valorizados; entre
eles, evidencia a catequese, a homilia, a direcção espiritual, o sacramento da Reconciliação
e a celebração da Eucaristia. Uma adequada catequese - salienta Bento XVI oferece
um contributo concreto para a educação das consciências estimulando-as a perceber
cada vez melhor o sentido do pecado, hoje em parte descorado ou pior ainda ofuscado
por uma maneira de pensar e de viver como se Deus não existisse, e que denota um relativismo
fechado ao verdadeiro sentido da vida. Á catequese - prossegue depois a mensagem
do Papa deve unir-se um uso sapiente da pregação; e recorda que a homilia, que com
a reforma do concilio Vaticano II adquiriu o seu papel “sacramental no interior do
único acto de culto constituído pela liturgia da Palavra e da liturgia da Eucaristia,
é sem duvida a forma de pregação mais difusa, com a qual cada domingo se educa a consciência
de milhões de fiéis. Para formar as consciências - acrescenta depois Bento XVI
– contribui também a direcção espiritual, um importante serviço eclesial para o qual
é necessária sem dúvida uma vitalidade interior que se deve implorar como dom do Espírito
Santo mediante intensa e prolongada oração e uma preparação especifica que se deve
adquirir com cuidado. Cada sacerdote – escreve depois o Santo Padre – é chamado
a administrar a misericórdia divina no sacramento da Penitencia, mediante o qual,
em nome de Cristo perdoa os pecados e ajuda o penitente a percorrer o caminho exigente
da santidade com recta e informada consciência . Finalmente a consciência do crente
afina-se cada vez mais graças a uma devota e consciente participação na Santa Missa,
que é o sacrifício de Cristo para a remissão dos pecados. Todas as vezes que o sacerdote
celebra a Eucaristia, na oração eucarística recorda que o Sangue de Cristo é derramado
em remissão dos nossos pecados ; assim, na participação sacramental no memorial do
Sacrifício da Cruz, realiza-se o encontro pleno da misericórdia do Pai com cada um
de nós.