Bruxelas, 14 mar (RV) - A Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia (COMECE)
enviou ao primeiro-ministro checo e presidente de turno da União Européia, Mirek Topolanek,
um pedido aos líderes europeus, em nome da Igreja Católica, para que reforcem a luta
contra as mudanças climáticas, adotando mais compromissos contra o aquecimento global.
Para
a Igreja, a mudança climática representa "um dos desafios morais e políticos mais
urgentes do século XXI". Por isso, os chefes de Estado europeus devem ter um papel
"pioneiro" na defesa do meio ambiente, porque "se fracassarem neste desafio, isso
representará uma derrota para toda a humanidade".
Os Bispos europeus pedem
que a questão seja colocada ao centro do encontro de cúpula, que vai ter lugar, de
19 a 20 próximos, em Copenhague, Dinamarca, quando serão definidas políticas para
o encontro da ONU sobre o clima.
Por isso, a COMECE espera que a União Européia
adote uma posição mais ambiciosa e que chegue a um pacto internacional para substituir
o “Protocolo de Kioto”, a partir de 2012.
Para a Igreja da Comunidade européia,
reduzir as emissões nocivas em 20% "não é suficientemente ambicioso". Por isso, os
bispos recomendam à UE que adote um objetivo não inferior a 30% no corte nas emissões
poluentes.
"Encorajamos, afirmam os bispos, os líderes europeus a demonstrar
a sua solidariedade e a sua vontade política, para que protejam a vida de milhões
de pessoas nos países em desenvolvimento, cuja vida e meios de subsistência estão
em perigo por culpa do aquecimento global, que é fruto do mundo industrializado",
afirmam os Bispos.
Para a COMECE, “um acordo global sobre a luta contra as
mudanças climáticas, que seja ao mesmo tempo ambicioso e justo está agora ao alcance
da mão”, pelo que é necessário “não perder esta ocasião”. (MT)