EPISCOPADO IRAQUIANO IRÁ ENCONTRAR-SE COM BENTO XVI DURANTE SUA PEREGRINAÇÃO À TERRA
SANTA
Roma, 12 mar (RV) - Será celebrado nesta sexta-feira, dia 13, um ano de falecimento
do arcebispo caldeu de Mossul, Dom Paulos Faraj Raho, encontrado morto após duas semanas
de seu seqüestro. Recordando a pessoa do prelado iraquiano, o procurador caldeu junto
à Santa Sé e visitador para a Europa, Pe. Philip Najim, disse que "enquanto existirem
pessoas como Dom Raho, o cristianismo no Iraque, como em todo o Oriente Médio, não
terá fim".
O sacerdote caldeu ressaltou que Dom Raho deu testemunho de sua
fé até a morte e que a sua recordação vive não somente entre os fiéis de Mossul e
do Iraque, mas também entre os iraquianos do exterior.
O procurador caldeu
disse ainda que "Dom Raho contribuiu para reforçar a comunidade cristã do Oriente
Médio e, com ele, muitos leigos e sacerdotes, como o Pe. Ragheed Ganni e seus subdiáconos
(assassinados em junho de 2007, ndr), que perderam a vida pela fé, se tornando mártires
da Igreja no Oriente Médio, uma Igreja numericamente pequena, mas muito ativa.
Pe.
Najim reiterou que enquanto existirem pessoas como essas, o Oriente Médio permanecerá
fértil para a fé cristã.
Na entrevista concedida ao Serviço de Informação Religiosa
(SIR), o procurador caldeu destacou ainda que a peregrinação de Bento XVI à Terra
Santa "reforçará os cristãos locais e servirá para recordar-lhes que eles fazem parte
da Igreja e que estão no coração do papa".
Justamente por isso – concluiu Pe.
Najim – Bento XVI encontrará em Amã, na etapa jordaniana de sua viagem apostólica
internacional, todo o episcopado iraquiano – guiado pelo patriarca de Babilônia dos
Caldeus, Cardeal Emmanuel III Delly – convidado para esse encontro com o Sucessor
de Pedro. "Um gesto altamente significativo" – observou. (RL)