2009-03-12 14:25:53

Carta do Papa Bento XVI aos bispos da Igreja católica a propósito da remissão da excomunhão aos quatro Bispos consagrados pelo Arcebispo Lefebvre. Nela, entre outras coisas reafirma as grandes prioridades do seu Pontificado: levar as pessoas a Deus, o ecumenismo, o diálogo interreligioso, a dimensão social da caridade cristã, e o esforço de reconciliação


(12/3/2009) Publicada nesta quinta feira uma carta de Bento XVI aos Bispos católicos de todo o mundo para explicar a remissão das excomunhões de 4 Bispos da Fraternidade São Pio X, em Janeiro deste ano, que tinham sido ordenados pelo falecido Arcebispo Lefebvre sem mandato pontifício.
Esta carta é um documento original, num estilo directo e pessoal e de grande significado. É um testemunho da sua vontade de governar a Igreja inspirando-se no Evangelho, procurando a unidade também quando é difícil.
A ocasião foi fornecida pelas discussões suscitadas pela decisão de conceder a remissão da excomunhão aos quatro bispos que tinham sido ordenados por Mons. Lefebvre.
O Papa explica a natureza e os limites desta medida. Para as pessoas dos bispos aos quais é tirada a excomunhão trata-se de um novo convite premente á unidade, enquanto que para a instituição a que pertencem, a Fraternidade de São Pio X, ainda deve ser percorrido um caminho de esclarecimentos doutrinais importantes, em particular sobre a aceitação do Concilio, antes de poder ser reconhecida pela Igreja.
O Papa - e este é o ponto operativo crucial – como salienta num comentário o director da Sala de Imprensa da Santa Sé Padre Federico Lombardi , anuncia também que será modificado o estatuto da Comissão competente para estes esclarecimentos, de maneira a torná-la mais respondente ás exigências avançadas pelos bispos.
O Papa reconhece com humildadesos problemas que tornaram mais difícil compreender as suas intenções, em particular a coincidência com as inaceitáveis declarações do bispo Williamson, e regozija-se pelo facto do equivoco ter sido superado também graças ás boas relações com aqueles que ele chama “os amigos hebreus”.
A Papa reafirma as grandes prioridades do seu Pontificado: levar as pessoas a Deus, o ecumenismo, o diálogo interreligioso, a dimensão social da caridade cristã; mas defende também apaixonadamente o esforço de reconciliação que ele pôs em movimento não obstante resistências e dificuldades, porque é uma exigência do Evangelho e do mandamento do amor, e convida todos os Bispos a partilhar este empenho a favor da unidade.
(texto integral em documentos do Vaticano)







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